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Países da zona euro obtêm acordo com Finlândia sobre Grécia

O tema bloqueava há semanas o segundo plano de resgate aos gregos

Chefe dos ministros da zona do euro, Jean-Claude Juncker (E), com ministra finlandesa das Finanças, Jutta Urpilainen (R) (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)

Chefe dos ministros da zona do euro, Jean-Claude Juncker (E), com ministra finlandesa das Finanças, Jutta Urpilainen (R) (Jean-Christophe Verhaegen/AFP)

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Da Redação

Publicado em 4 de outubro de 2011 às 10h10.

Bruxelas - Os países da zona do euro obtiveram um acordo na noite desta segunda-feira sobre as garantias pedidas pela Finlândia para conceder novos empréstimos à Grécia, tema que bloqueava há semanas o segundo plano de resgate aos gregos.

"Após longas discussões, chegamos a um acordo" sobre as garantias exigidas por Helsinki para a concessão de novos empréstimos, declarou o chefe dos ministros da Economia da zona do euro, Jean-Claude Juncker.

O comissário europeu de Assuntos Econômicos e Monetários disse estar "satisfeito" com o compromisso, ao final da reunião dos ministros do Eurogrupo em Luxemburgo.

O acordo prevê que a Finlândia poderá gozar das garantias exigidas, mas deverá assumir certos compromissos, como entregar sua contribuição de uma só vez ao futuro mecanismo de socorro permanente da zona do euro (MES), que substituirá o Fundo Europeu de Estabilidade Financeira (FEEF) até meados de 2013. Os países sem a garantia ampliada terão até cinco anos para fazer seus pagamentos.

A Finlândia também não receberá os mesmos juros sobre as operações do FEEF que os demais sócios.

"Todo país pode exigir garantias, mas deve pagar um preço", destacou Klaus Regling, diretor do FEEF.

Helsinki ameaçava bloquear todo o dispositivo se não obtivesse as garantias, o que teria levado a Grécia à quebra.

A decisão de Helsinki ocorre em meio à crescente oposição nacional à zona do euro, ilustrada pelo avanço do partido "Os verdadeiros finlandeses".

Na reunião celebrada em 21 de julho passado, em Bruxelas, os dirigentes da zona do euro acertaram um segundo plano de socorro para financiar a dívida e evitar uma quebra iminente da Grécia.

O plano soma 109 bilhões de euros, procedentes do FEEF (2/3) e do Fundo Monetário Internacional, aos quais se somarão contribuições de credores privados da Grécia (bancos, seguradoras e fundos).

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