O barril de petróleo nos EUA alcançou ontem a média de US$ 106,95, o nível mais alto desde setembro de 2008 (Joe Raedle/Getty Images)
Da Redação
Publicado em 8 de março de 2011 às 09h41.
Londres - Alguns membros da Organização dos Países Exportadores de Petróleo (Opep) decidiram seguir os passos da Arábia Saudita e aumentar sua produção de petróleo para frear a alta dos preços.
A informação foi divulgada nesta terça-feira pelo "Financial Times", que indica que a decisão de Emirados Árabes Unidos, Kuwait e Nigéria reflete a inquietação crescente entre os membros do grupo perante a ameaça que o encarecimento do petróleo devido à crise líbia pode representar para a recuperação econômica mundial.
Os preços do petróleo nos EUA alcançaram na segunda-feira a média de US$ 106,95 por barril, o nível mais alto desde setembro de 2008. Na Europa, o Brent chegou a US$ 118,50.
Segundo fontes do setor citadas pelo diário britânico, o incremento da produção que esses países projetam para abril, somado ao da Arábia Saudita, pode praticamente compensar a queda das exportações de petróleo da Líbia.
De acordo com essas fontes, Kuwait, Emirados Árabes Unidos e Nigéria podem aumentar sua produção em 300 mil barris diários, enquanto Riad já aumentou a sua em 700 mil barris.
A Agência Internacional de Energia calcula que a produção líbia foi reduzida aproximadamente em 1 milhão de barris diários, o que equivale a dois terços da produção total antes da crise, que era de 1,58 milhão de barris.
A Opep, que controla 40% da produção mundial da commodity, está dividida em torno da necessidade de aumentar a produção, já que Irã e Argélia não concordam com a medida.