Sob protestos, Coreia do Norte intensificou o seu programa de armas sancionadas pela ONU este ano e lançou o seu primeiro míssil balístico de combustível sólido este mês (Chung Sung-Jun/Getty Images)
Karin Salomão
Publicado em 21 de abril de 2018 às 12h47.
A Coreia do Sul, a China, os EUA e o Reino Unido foram algumas das potências mundiais que celebraram a decisão da Coreia do Norte de fechar seu centro de testes nucleares.
A suspensão dos testes e a interrupção de lançamentos de mísseis balísticos intercontinentais foram anunciadas ontem (20) pelo líder da Coreia do Norte, Kim Jong-un. O anúncio foi veiculado pela agência de notícias oficial norte-coreana KCNA.
Neste sábado (21), o governo da Coreia do Sul classificou o anúncio de um “progresso significativo” para desnuclearização da Coreia do Norte. Em um comunicado enviado pelo gabinete presidencial sul-coreano, Seul considerou que "a decisão da Coreia do Norte é significativa para a desnuclearização da península coreana" e disse, além disso, que “ajudará a criar um ambiente muito positivo para o sucesso das próximas cúpulas intercoreana e entre o Norte e Estados Unidos”.
O governo chinês, por meio de um comunicado publicado pelo Ministério das Relações Exteriores, destacou que a “China acredita que a decisão da Coreia do Norte ajudará a melhorar a situação na Península”, por isso “dá boas-vindas” a este movimento.
O Ministério de Relações Exteriores britânico divulgou um comunicado neste sábado no qual considerou o anúncio da Coreia do Norte como "um passo positivo". O texto acrescenta que o Reino Unido segue "comprometido a trabalhar com seus parceiros internacionais" para atingir o objetivo "de uma desnuclearização completa, verificável e irreversível" da península da Coreia e fazer isso "através de meios pacíficos".
Os comentários de Coreia do Sul, China e Reino Unido ocorrem após manifestações do presidente dos EUA, Donald Trump, que em uma rede social chamou o anúncio da Coreia do Norte de "muito boa notícia" e de "grande progresso" tanto para o país asiático como para o mundo.
Dentro de uma semana, em 27 de abril, está previsto um encontro entre Kim Jong-un e o presidente sul-coreano, Moon Jae-in, na militarizada fronteira entre as duas Coreias, no que será a primeira reunião entre governantes coreanos em 11 anos.
Está previsto também, para entre o final de maio e começo de junho, outra reunião de cúpula entre o líder norte-coreano e Trump, a primeira da história entre os líderes de Coreia do Norte e EUA.
*com informações da Agência EFE