Jacinda Ardern, primeira-ministra da Nova Zelândia, uma das referências no combate do novo coronavírus (Mark Mitchell/Getty Images)
Marina Filippe
Publicado em 22 de agosto de 2020 às 12h06.
Última atualização em 22 de agosto de 2020 às 12h16.
Uma nova análise de 194 países, publicada pelo Center for Economic Policy Research e pelo World Economic Forum, mostrou que os países liderados por mulheres tiveram resultados melhores no combate à covid-19. Nesses locais a média de mortalidade cai pela metade quando comparada aos países liderados por homens, devido a rapidez no decreto do lockdown.
"Nossos resultados indicam claramente que as mulheres líderes reagiram mais rápida e decisivamente em face de possíveis fatalidades", escreveu Supriya Garikipati, economista desenvolvimentista da Universidade de Liverpool e co-autora do estudo.
Para chegar a essa conclusão, os acadêmicos introduziram uma série de variáveis para analisar os dados e fazer comparações confiáveis entre países. Uma delas permitiu a criação de vizinhos mais "próximos" como Sérvia (feminino) e Israel (masculino); Nova Zelândia (feminino) e Irlanda (masculino); Alemanha (feminino) e Reino Unido (masculino) e Bangladesh (feminino) e Paquistão (masculino).
O estudo também sugere que as mulheres estavam mais dispostas a assumir os riscos econômicos ao rapidamente bloquear a circulação de pessoas. O impacto mundial, porém, poderia ser ainda maior considerando que elas lideram apenas 19 países.