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Pai do refém John Cantlie pede libertação do filho ao EI

Pai do jornalista, sequestrado na Síria em 2012 pelo Estado Islâmico, pediu ao grupo terrorista que liberte seu filho e o deixe voltar para a família


	O jornalista John Cantlie, refém do Estado Islâmico, em vídeo divulgado pelo grupo
 (Reprodução/YouTube)

O jornalista John Cantlie, refém do Estado Islâmico, em vídeo divulgado pelo grupo (Reprodução/YouTube)

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Da Redação

Publicado em 3 de outubro de 2014 às 13h35.

Londres - O pai do jornalista britânico John Cantlie, sequestrado na Síria em 2012 pelo Estado Islâmico (EI), pediu nesta sexta-feira ao grupo terrorista que liberte seu filho e o deixe voltar para a família.

"Aqueles que estão com John: por favor, saibam que é um bom homem, só tentava ajudar aos sírios e peço desde o mais sagrado que nos ajudem e permitam que ele retorne para casa de forma segura com aqueles que ele quer e que lhe querem", disse Paul Cantlie de uma cama de hospital e com dificuldades para falar, em mensagem exibida pela "BBC".

Desde o momento de sua captura pelo EI, o repórter britânico apareceu em três vídeos divulgados pelos militantes jihadistas, todos parecidos, nos quais o jornalista aparece sentado em uma mesa com um fundo preto, olhando para a câmera.

No mais recente, divulgado no início desta semana, Cantlie critica a estratégia do presidente dos Estados Unidos, Barack Obama, contra os jihadistas. Na gravação, de cinco minutos e meio, o repórter é obrigado a se apresentar, da mesma forma de os vídeos anteriores, como "o cidadão britânico abandonado por seu governo e prisioneiro por um longo tempo do Estado Islâmico".

Apesar de nessas gravações não haver aparentemente sinais de violência, no primeiro vídeo o refém deixa claro que fala como prisioneiro cuja vida corre perigo.

"Pela primeira vez, em quase dois anos, vimos John em um vídeo no qual disse aos espectadores que continuava sendo prisioneiro do Estado Islâmico e que talvez viva ou talvez morra", lembrou hoje seu pai.

O pai, que lia um texto, admitiu que, "como família", todos sentiram um "grande alívio ao ver e escutar John e saber que está vivo", uma sensação à qual seguiu, acrescentou, "o sentimento de angústia e indefinição".

"John sentiu a forte sensação de ajudar da melhor maneira que sabia; como jornalista respeitado e imparcial. Sabia que poderia contribuir para mudar as coisas, atuando como plataforma para que o mundo escutasse e tomasse nota, empregando suas habilidades jornalísticas pelo bem dos cidadãos", explicou o pai.

Ele afirmou que a família está tentando entrar em contato com o EI "para transferir uma mensagem importante relacionada a John", mas que ainda não recebeu resposta dos islamitas.

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