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Pai de uma das vítimas de Merah pede para Sarkozy se calar

Albert Chenuf, pai de um dos três militares assassinados, pediu para o presidente francês controlar suas palavras ao falar sobre a diversidade do Exército

EXAME.com (EXAME.com)

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Da Redação

Publicado em 27 de março de 2012 às 13h08.

Paris - Albert Chenuf, pai de um dos três militares assassinados por Mohammed Merah, pediu nesta terça-feira para o presidente francês, Nicolas Sarkozy, controlar suas palavras ao falar sobre a diversidade do Exército francês.

'Peço que modere um pouco seu discurso. Eu não sabia que havia muçulmanos, budistas e chineses no Exército. Para mim, meu filho era um soldado. Portanto, por favor, cale-se presidente', afirmou Chenuf em entrevista concedida ao canal 'Itélé'.

O pai do militar assassinado se referiu às declarações que Sarkozy realizou ontem na emissora 'France Info', onde o chefe do Estado qualificou de 'muçulmanos, em todo caso de aparência', dois dos três militares assassinados por Merah entre 11 e 15 de março em Toulouse e Montauban.

O discurso de Chenuf foi realizado pouco antes do canal 'Al Jazeera' anunciar sua decisão de não transmitir os vídeos desses massacres. A decisão foi tomada em respeito às vítimas e também por considerarem que o conteúdo das gravações não apresenta nenhuma informação de fato.

Antes da decisão da 'Al Jazeera' se tornar pública, Chenuf chegou a solicitar ao presidente e ao resto das autoridades que fizessem 'todo os esforços possíveis' para evitar que seu filho, com essa emissão, 'morresse pela segunda vez'.

Além de ter mandado o presidente Nicolas Sarkozy se calar, Chenuf também se dirigiu ao pai do assassino, que, aparentemente, teria manifestado sua intenção de apresentar uma processo contra o Estado pela morte de seu filho.

'Ao invés de denunciar à França teria feito melhor se ocupando com sua prole. Em seu lugar, eu teria me calado. Este senhor não tem nada mais o que fazer além de se calar', concluiu Chenuf em suas declarações à emissora Itélé.

Antes de ser abatido pelas forças de segurança, Mohammed Mera, de 23 anos, confessou ter matado a tiros três soldados e três crianças e um professor de um colégio judeu em Toulouse e Montauban. 

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