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Padres dissidentes pressionam por reforma na Igreja Católica

Rede internacional de padres católicos reformistas tem feito pressão para dar aos leigos um papel maior na Igreja


	Papa Francisco: Francisco está se concentrando nas mudanças de cima para baixo, como a reforma da Cúria, a administração central da Igreja
 (Tony Gentile/Reuters)

Papa Francisco: Francisco está se concentrando nas mudanças de cima para baixo, como a reforma da Cúria, a administração central da Igreja (Tony Gentile/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 11 de outubro de 2013 às 14h39.

Viena - Uma nova rede internacional de padres católicos reformistas tem feito pressão para dar aos leigos um papel maior na Igreja, que o papa Francisco busca levar para mais perto da base de fiéis.

Em declarações enquanto dissidentes de seis países se reuniam pela primeira vez, nesta sexta-feira, na Áustria, o clérigo Helmut Schueller afirmou que a Igreja deveria atrair pessoas às paróquias locais, que estão sob ameaça de desaparecer já que está diminuindo o número de sacerdotes.

O ponto de vista expresso francamente por Schueller, líder de um grupo de padres austríacos que desafia abertamente posições da Igreja em tópicos tabus, provocou uma reprimenda no ano passado do papa Bento 16, que renunciou em fevereiro.

Os liberais da Igreja estão agora depositando suas esperanças no seu sucessor, o papa Francisco, o primeiro pontífice não europeu em 1.300 anos e o primeiro da América Latina.

"Nós queremos abordar a questão mais candente: o futuro das comunidades. Nós queremos estar lá por elas, e o seu futuro está em perigo por causa da escassez de padres", declarou Schueller, de 61 anos, em entrevista por telefone da cidade de Bregenz, oeste da Áustria.

Francisco está se concentrando nas mudanças de cima para baixo, como a reforma da Cúria, a administração central da Igreja acusada de ser disfuncional e dilacerada por lutas internas, às quais se atribui boa parte da turbulência que marcou o papado de Bento 16.

A Igreja tem visto sua reputação mundial duramente abalada por escândalos financeiros e de abuso sexual de crianças, e também sofre forte declínio no número de fiéis, especialmente em seu coração histórico na Europa.


A grande maioria dos católicos romanos se envolvem com a Igreja frequentando as paróquias, portanto, há um prenúncio de grandes problemas se a sua rede de comunidades de fiéis no nível local for rompida.

O grupo de Schueller desfruta de amplo apoio na Áustria por seu compromisso de romper normas da Igreja, como a comunhão a protestantes e permissão para que católicos divorciados possam casar-se novamente.

Seus planos de formar uma rede internacional atraíram a Bregens representantes de cerca de 3.500 padres na Alemanha, Irlanda, Suíça, Austrália e Estados Unidos.

Schueller pressiona por novas formas de liderança nas paróquias que promovam homens e mulheres da comunidade, num momento em que a Igreja enfrenta dificuldade de encontrar padres suficientes.

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