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Pacto adiou investigação de cunhado de Alckmin

Políticos fizeram pacto para blindar o tucano Geraldo Alckmin, me 2006, e retardar medidas para investigar o escândalo que envolve seu cunhado

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo: investigações somente após as eleições (Cris Castello Branco/Governo SP)

Geraldo Alckmin, governador de São Paulo: investigações somente após as eleições (Cris Castello Branco/Governo SP)

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Da Redação

Publicado em 13 de janeiro de 2011 às 09h26.

São Paulo - Políticos de Pindamonhangaba, no Vale do Paraíba, fizeram um pacto em 2006 para blindar o tucano Geraldo Alckmin - então candidato à Presidência -, retardando medidas para investigar o escândalo que envolve seu cunhado, Paulo Ribeiro, o Paulão, em suposto esquema de corrupção e tráfico de influência.

Documento subscrito por 11 vereadores da cidade diz expressamente que o prefeito João Ribeiro (PPS), apadrinhado de Alckmin, teria se comprometido a “tomar providências” sobre denúncias de desvios na administração “após as eleições”.

O documento foi redigido em 27 de outubro de 2006, a dois dias do segundo turno das eleições presidenciais. Alckmin duelava com o candidato do PT, Luiz Inácio Lula da Silva. “O objetivo era impedir que (o escândalo) respingasse no Geraldo”, conta João Bosco Nogueira, ex-vice prefeito de Pindamonhangaba que rompeu com João Ribeiro após se insurgir contra movimentos de Paulão no governo municipal.

Nogueira afirma ter ouvido do prefeito o compromisso de que adotaria medidas, inclusive demitindo secretários que teriam sido indicados pelo lobista. “Isso aconteceu entre o primeiro turno e o segundo da eleição para a Presidência”, relata Nogueira. “O prefeito disse: 'Pode tranquilizar o pessoal (na Câmara). Só não faço nesse momento (demissões) para não atingir a candidatura do Geraldo'.”

O governador não se manifesta sobre o escândalo. O Ministério Público não abre informações sobre a investigação, que está sob sigilo. O advogado Gilberto Menin, sócio do Menin Advogados, que defende Paulão, reafirma que seu cliente “não praticou qualquer ato ilícito”. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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