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Após detenções, Otan pede que Turquia respeite Estado de direito

O pedido, feito pelo secretário-geral da Otan, ocorreu após o país deter mais de mil pessoas por suspostos vínculos com Gülen

Jens Stoltenberg: detenções ocorren 10 dias depois de o presidente turco ter vencido o referendo constitucional (Michaela Rehle/Reuters)

Jens Stoltenberg: detenções ocorren 10 dias depois de o presidente turco ter vencido o referendo constitucional (Michaela Rehle/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de abril de 2017 às 11h19.

Última atualização em 27 de abril de 2017 às 11h19.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, pediu nesta quinta-feira a Turquia o "pleno respeito ao Estado de direito", um dia depois das detenções de mais de mil supostos partidários do pregador Fethullah Gülen, acusado por Ancara de idealizar a tentativa de golpe de julho.

"Certamente a Turquia tem o direito de defesa e de perseguir aqueles que estavam por trás do golpe de Estado frustrado, mas isto deve acontecer no pleo respeito ao Estado de direito", declarou Stoltenberg antes de uma reunião de ministros da Defesa da União Europeia em Malta.

As autoridades turcas anunciaram na quarta-feira a detenção de mais de mil pessoas e suspenderam 9.100 policiais em um novo expurgo, 10 dias depois de o presidente turco, Recep Tayyip Erdogan, ter vencido um referendo constitucional para reforçar seus poderes, o que seus adversários denunciaram como uma nova guinada autoritária.

Para o secretário-geral da Aliança Atlântica, o bloco militar ao qual a Turquia pertence, Ancara "é um aliado chave por muitas razões, especialmente por sua situação geográfica estratégica, na fronteira com o Iraque e a Síria, com todos os problemas e violência que nós observamos, mas também perto da Rússia no Mar Negro".

"A Turquia sofreu muitos ataques terroristas (...) e também uma tentativa de golpe", destacou Stoltenberg, para quem "nenhum outro aliado (da Otan) passou por tantos" problemas.

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