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Otan nega ter permitido a morte de imigrantes à deriva

Barco com imigrantes líbios naufragou depois que um porta-aviões da Otan se recusou a ajudar, publicou o jornal inglês Guardian

Os 62 imigrantes morreram enquanto tentavam chegar na Itália (Filippo Monteforte/AFP)

Os 62 imigrantes morreram enquanto tentavam chegar na Itália (Filippo Monteforte/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de maio de 2011 às 15h45.

Bruxelas - A Otan negou nesta segunda-feira ter se recusado a socorrer um grupo de imigrantes africanos que morreram na tentativa de alcançar a ilha italiana de Lampedusa a partir da Líbia no início de abril, como informou o jornal britânico Guardian.

"A Otan está a par da matéria que indica que um porta-aviões da organização deixou morrer 61 imigrantes que navegavam à deriva entre Trípoli e Lampedusa", afirmou uma porta-voz da Aliança Atlântica, antes de destacar que se trata de uma informação "falsa".

O Guardian destacou no domingo que a Otan deixou morrer de "fome e sede" 61 pessoas quando um de seus porta-aviões ignorou os pedidos de socorro de uma embarcação no Mediterrâneo, apesar de constatar o risco de naufrágio.

Depois de 16 dias à deriva em consequência de uma avaria, 61 dos 72 imigrantes que estavam a bordo da embarcação, incluindo mulheres e crianças, morreram em 10 de abril na costa líbia, segundo o jornal.

"Apenas um porta-aviões estava sob comando da Otan nesta data, o navio italiano 'Garibaldi', e estava a mais de 100 milhas náuticas das costas", afirmou a porta-voz da organização.

O Guardian informou que poderia ser o navio francês "Charles de Gaulle".

"Qualquer afirmação sobre um porta-aviões da Otan ter localizado e ignorado um navio em perigo é falsa", insistiu a porta-voz.

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