Caças franceses em direção à Líbia: missão deve acabar em 31 de outubro (Alexander Klein/AFP)
Da Redação
Publicado em 24 de outubro de 2011 às 11h58.
Bruxelas - A Otan assegurou nesta segunda-feira que "cessou" a ameaça na Líbia e retirará suas forças do país no dia 31 de outubro, como estava previsto, já que considera que as novas autoridades são capazes de controlar os focos de resistência que possam existir.
"A ameaça cessou", disse Charles Bouchard, comandante da operação militar da Otan na Líbia, que teve início no dia 31 de março e, segundo a Aliança Atlântica, acabará no dia 31 de outubro.
Nesta segunda-feira, os novos dirigentes líbios do Conselho Nacional de Transição (CNT) abriram negociações para formar em um mês um governo regido pela sharia ou lei islâmica, encarregado da transição após 42 anos de regime de Muammar Kadafi.
As novas autoridades proclamaram no domingo a "libertação" da Líbia em uma cerimônia em Benghazi (leste) que foi ofuscada pela polêmica gerada pelo linchamento e aparente execução sumária de Kadafi, após ter sido capturado vivo na quinta-feira em Sirte pelas milícias do CNT.
"Não temos intenções de permanecer após o dia 31 de outubro" na Líbia, disse Bouchard.
De qualquer forma, Bouchard destacou que ainda "podem existir alguns focos de resistência, mas podem "perfeitamente ser controlados pelo CNT".
A Aliança Atlântica anunciou uma dia após a morte de Kadafi que previa pôr fim a sua operação militar na Líbia no dia 31 de outubro.
A Otan destacou sempre que o objetivo da missão na Líbia não era nem a captura, nem a morte de Kadafi, e que não sairia deste país enquanto existissem ameaças para a população civil.
A morte de Kadafi coincidiu com a queda de Sirte, último reduto das forças leais ao coronel.