Petro Poroshenko: "a Ucrânia necessita agora não de armamento letal, mas potencial para uma defesa efetiva de seu território, a defesa de sua integridade territorial, sua soberania e sua independência" (Tobias Schwarz/AFP)
Da Redação
Publicado em 22 de setembro de 2015 às 09h16.
Kiev - A Otan e a Ucrânia assinaram nesta terça-feira uma declaração para reforçar a cooperação no âmbito da defesa durante a primeira visita a este país do secretário-geral aliado, Jens Stoltenberg.
"Acabamos de assinar uma declaração conjunta sobre o reforço da cooperação em defesa entre Ucrânia e a Otan", disse o presidente ucraniano, Petro Poroshenko, em seu conta no Twitter.
Stolteberg, que considerou ontem prematuro o ingresso de Kiev na Aliança, assistiu hoje a uma reunião do Conselho de Segurança Nacional e Defesa (CSND) da Ucrânia, feito com que Poroshenko não duvidou em qualificar de "histórico".
Além disso, o secretário-geral da Otan e o chefe do CSND assinaram um roteiro em matéria de comunicação para resistir de maneira mais efetiva "à propaganda russa".
"A assinatura destes documentos contemplam o aprofundamento de nossas relações em esferas determinantes na hora de resistir aos atuais desafios e é um reflexo do começo de uma nova etapa, muito mais prática de nossa cooperação", disse o Conselho em comunicado.
Por sua vez, Poroshenko ressaltou que "a Ucrânia necessita agora não de armamento letal, mas potencial para uma defesa efetiva de seu território, a defesa de sua integridade territorial, sua soberania e sua independência".
Com relação à entrada na Aliança, após reconhecer na véspera que a Ucrânia ainda não está preparada, Poroshenko adiantou que, em quanto que o país complete as reformas de suas Forças Armadas, convocará um referendo sobre este assunto.
"Agora, o número de ucranianos que apoia a integração euroatlântica supera 60%. Isto significa que o povo ucraniano apoia a opção atlântica", disse o líder ucraniano.
Stoltenberg voltou a chamar hoje a Rússia a retirar todas suas tropas do leste da Ucrânia, onde combatem forças governamentais e milícias pró-russas.
"Chamo a Rússia a retirar todas suas tropas do leste da Ucrânia e a cumprir em sua totalidade os acordos (de paz) de Minsk", disse o chefe aliado, que acusou Moscou de seguir apoiando os separatistas com equipamento e instrução.