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Otan diz estar absolutamente confiante em liderança de Trump

Durante sua campanha eleitoral, Trump questionou se os EUA deveriam proteger aliados que gastam pouco com a defesa

Otan: o principal obstáculo é convencer os titulares das Finanças, que têm as chaves dos Tesouros (foto/Getty Images)

Otan: o principal obstáculo é convencer os titulares das Finanças, que têm as chaves dos Tesouros (foto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 18 de novembro de 2016 às 12h57.

Bruxelas - O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, disse nesta sexta-feira que tem total confiança de que o presidente eleito dos Estados Unidos, Donald Trump, irá liderar a aliança militar e que espera conversar com ele em breve.

Durante sua campanha eleitoral, Trump questionou se os EUA deveriam proteger aliados que gastam pouco com a defesa, despertando temores de que possa retirar fundos da aliança em um momento de grandes tensões com a Rússia.

"Estou absolutamente confiante de que o presidente Trump irá manter a liderança dos EUA na aliança", disse Stoltenberg em uma coletiva de imprensa em Bruxelas, dizendo que sua equipe está tentando acertar uma conversa telefônica com o futuro presidente.

Stoltenberg afirmou que irá dizer a Trump que um investimento crescente na defesa europeia é uma de suas maiores prioridades e que abordou o assunto com todos os membros da Otan, obtendo o apoio dos ministros da Defesa.

Segundo ele, o principal obstáculo é convencer os titulares das Finanças, que têm as chaves dos Tesouros.

"Você tem que aumentar os gastos com a defesa quando as tensões crescem", disse Stoltenberg, citando países em colapso no norte da África, a ameaça de militantes islâmicos e a anexação russa da Crimeia em 2014 como prova.

"Parar com os cortes e aumentar gradualmente (o investimento na defesa) até chegar a 2 por cento (do PIB) é uma mensagem muito robusta".

"Começamos a nos mexer, embora haja um longo caminho a percorrer", disse. "Estou certo de que Trump fará disso sua maior prioridade (para a Otan)".

A sugestão de Trump de condicionar a defesa dos EUA a seus aliados ocidentais pareceu pôr em xeque a premissa central da Otan - a de que um ataque armado contra um aliado é um ataque contra todos.

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