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Otan alerta possível desastre em ação na Coreia do Norte

"O uso da força militar terá consequências devastadoras, acho que ninguém quer que aconteça", declarou o secretário-geral da Organização

Jens Stoltenberg: ele disse que a Otan "não planeja uma presença militar naquela parte do mundo" (Bogdan Danescu/Reuters)

Jens Stoltenberg: ele disse que a Otan "não planeja uma presença militar naquela parte do mundo" (Bogdan Danescu/Reuters)

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AFP

Publicado em 13 de outubro de 2017 às 12h34.

O secretário-geral da Otan, Jens Stoltenberg, advertiu nesta sexta-feira contra uma intervenção militar na Coreia do Norte, que teria "consequências devastadoras", em entrevista à AFP na sede da Aliança, em Bruxelas.

"O uso da força militar terá consequências devastadoras, acho que ninguém quer que aconteça", declarou Stoltenberg, perguntado sobre a agressiva retórica do presidente americano Donald Trump diante da crise norte-coreana.

"Os Estados Unidos têm direito a defender-se e a defender seus aliados, mas ao mesmo tempo tenho absoluta certeza de que ninguém quer uma solução militar", acrescentou.

Stoltenberg disse que a Otan "não planeja uma presença militar naquela parte do mundo", em torno da península coreana, e que não recebeu qualquer pedido neste sentido do Japão ou da Coreia do Sul, dois países que se sentem ameaçados pelo programa nuclear de Pyongyang.

Trump examinou na terça-feira junto com o secretário de Defesa, Jim Mattis, e seu chefe de Estado Maior, Joe Dunford, "o leque de opções" disponíveis em relação à Coreia do Norte.

O presidente americano afirmou em uma enigmática mensagem postada no sábado no Twitter que "apenas uma coisa funcionará" com a Coreia do Norte, sem dizer qual, dois dias depois de outra declaração similar.

Estas últimas semanas, Trump respondeu com uma escalada verbal ao desenvolvimento dos programas balísticos e nucleares norte-coreanos, e ameaçou, a meados de setembro, com "destruir totalmente a Coreia do Norte".

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