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Os pontos-chave da Declaração de Panmunjom da cúpula intercoreana

A Declaração de Panmunjom, assinada pelos líderes coreanos, trata da desnuclearização da península e sobre o acordo de paz

Coreias: os líderes coreanos assinaram a Declaração de Panmunjom nesta sexta (Korea Summit Press Pool/Reuters)

Coreias: os líderes coreanos assinaram a Declaração de Panmunjom nesta sexta (Korea Summit Press Pool/Reuters)

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AFP

Publicado em 27 de abril de 2018 às 10h48.

Os líderes das duas Coreias assinaram nesta sexta-feira (27) a Declaração de Panmunjom, após uma cúpula histórica entre os dois países vizinhos, que tecnicamente ainda estão em guerra.

Veja os principais pontos do texto, assinado na primeira cúpula intercoreana em 11 anos.

Desnuclearização

"Coreia do Sul e Coreia do Norte confirmam o objetivo comum de obter, através da desnuclearização total, uma península coreana não nuclear", diz o texto.

"Compartilham a visão de que as medidas iniciadas pela Coreia do Norte são muito importantes e cruciais para a desnuclearização da península coreana e concordam em desempenhar seus respectivos papéis e assumir suas responsabilidades a esse respeito".

Também "concordam em buscar ativamente o apoio e cooperação da comunidade internacional tendo em vista a desnuclearização da península coreana".

Regime de paz

"Durante este ano, que marca o 65º aniversário do armistício, Coreia do Sul e Coreia do Norte concordam em buscar ativamente organizar encontros trilaterais envolvendo as duas Coreias e os Estados Unidos; ou quadripartites envolvendo as duas Coreias, os Estados Unidos e a China, visando declarar o fim da guerra e estabelecer um regime de paz permanente e sólido".

Visita a Pyongyang

"Os dois líderes concordaram em realizar discussões regulares e francas através de reuniões e contato telefônico direto sobre questões vitais para a nação, a fim de fortalecer a confiança mútua e buscar juntos fortalecer o impulso positivo para continuar avançando nas relações intercoreanas, para a paz, prosperidade e unificação da península coreana. Neste contexto, o presidente Moon Jae-in concordou em deslocar-se para Pyongyang neste outono".

Reuniões de famílias

"Coreia do Sul e Coreia do Norte concordaram em tentar solucionar as questões humanitárias resultantes da divisão da nação e organizar uma reunião intercoreana da Cruz Vermelha para discutir e solucionar diversas questões, incluindo a reunião das famílias separadas".

"Com este objetivo, Coreia do Sul e Coreia do Norte decidiram continuar o programa de encontro de famílias separadas no Dia da Libertação Nacional, 15 de agosto deste ano".

Forças esportivas

"No plano internacional, as duas partes concordaram em demonstrar a sua sabedoria, os seus talentos e a sua solidariedade coletiva, participando em conjunto em eventos esportivos internacionais, como os Jogos Asiáticos de 2018".

Desarmamento

"Coreia do Sul e Coreia do Norte concordaram com um desarmamento por etapas, a medida que as tensões militares forem diminuindo e com os avanços substanciais para estabelecer a confiança militar".

Não haverá mais guerra

"Os dois líderes declaram solenemente diante dos 80 milhões de coreanos e do mundo inteiro que não haverá mais guerra na península coreana e que, em consequência, uma nova era de paz começou".

 

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