Protesto anti-governo na Venezuela: nenhum país do mundo conquistou a nota máxima no novo ranking da corrupção da Transparência Internacional (John Moore/Getty Images)
Gabriela Ruic
Publicado em 23 de janeiro de 2020 às 11h25.
São Paulo – Os países mais e menos corruptos do mundo no último ano foram revelados nesta quinta-feira (23) pela organização não governamental, Transparência Internacional. De acordo com o estudo anual da entidade, que avalia 180 países, a maioria deles não está avançando o suficiente no combate à corrupção.
O ranking produzido pela entidade vai de zero a 100, sendo essa a nota atribuída aos países considerados os menos corruptos. Nenhum país chegou ao topo com pontuação máxima e mais de dois terços dos países avaliados pontuaram, em média, apenas 43.
Para produzir o estudo, a Transparência Internacional avalia a percepção de especialistas e empresários quanto ao nível de corrupção nos países. Entre os aspectos avaliados estão a capacidade dos governos de lidar com a questão, o nível de burocracia do setor público e casos de propina, desvio de recursos públicos e lavagem de dinheiro.
Entre os países mais corruptos do mundo estão países arrasados por crises humanitárias, conflitos políticos e armados, bem como a pobreza. A última colocação ficou com a Somália, mas Sudão do Sul, o país mais jovem do mundo, e a Venezuela também constam nessa parte do ranking.
Agora confira quais são os países mais corruptos do mundo:
O estudo mostra, ainda, que a corrupção não é uma prática que acontece somente em países pobres ou em desenvolvimento, mas também em economias avançadas. Embora posicionadas no topo do ranking dos menos corruptos, Dinamarca, Finlândia, Suécia, Noruega e Islândia também registram casos desses crimes tanto no setor público, especialmente a lavagem de dinheiro, quanto no setor privado.
Na Suécia, por exemplo, a Ericsson desembolsou mais de um bilhão de dólares para acertar um caso de suborno em contratos na China, Djibuti e Kuwait. Já na Islândia, veio à tona no final do ano passado um escândalo no qual gigantes islandesas da pesca teriam comprado agentes do governo da Namíbia e Angola por mais cotas de pesca.
Veja abaixo os países menos corruptos do mundo: