José Maria Marin, ex-presidente da CBF e um dos suspeitos de integrar o esquema de corrupção na Fifa (Rafael Ribeiro/CBF)
Da Redação
Publicado em 27 de maio de 2015 às 20h06.
Washington - O governo dos Estados Unidos apresentou acusações contra 14 pessoas relacionadas à FIFA por supostamente usufruírem durante 24 anos de um esquema mafioso de fraude e lavagem de dinheiro para o enriquecimento através do futebol.
Estes são os nomes dos nove dirigentes da FIFA e cinco empresários relacionados à entidade que foram acusados pelo Departamento de Justiça americano:.
1. JEFFREY WEBB.
Jeffrey Webb, de 50 anos e nascido nas ilhas Cayman, é atualmente presidente da Concacaf e vice-presidente da FIFA. Além disso, faz parte do comitê executivo da União Caribenha de Futebol (CFU) e ocupa a presidência da Federação de Futebol das Ilhas Cayman (CIFA).
2. EUGENIO FIGUEREDO.
O uruguaio Eugenio Figueredo, de 83 anos, é vice-presidente da FIFA e membro do comitê executivo da entidade. Entre 1997 e 2006, foi presidente da Associação Uruguaia de Futebol (AUF). Desde então, passou a fazer parte da Conmebol, onde ocupou a vice-presidência entre 1993 e 2013 e o posto de mandatário até 2014.
3. JACK WARNER.
Jack Warner, de 72 anos e natural de Trinidad e Tobago, foi presidente da Concacaf entre 1990 e 2011, até ser alvo de denúncias de corrupção e suborno. Warner renunciou voluntariamente a todos os cargos em 2011, o que fez a FIFA encerrar todos os procedimentos abertos pela Comissão de Ética.
4. EDUARDO LI.
Com raízes chinesas e nascido na Costa Rica, Eduardo Li, de 56 anos, ocupa a presidência da Federação Costarriquenha de Futebol (Fedefut), é membro do comitê executivo da FIFA e da Concacaf.
5. JULIO ROCHA.
O nicaraguense Julio Rocha, de 64 anos, ocupou a presidência da Federação Nicaraguense de Futebol (Fenifut) e da União Centro-Americana de Futebol (UNCAF). Na FIFA, foi encarregado do desenvolvimento de projetos com algumas das associações que fazem parte da entidade.
6. NICOLÁS LEOZ.
O paraguaio Nicolás Leoz, de 86 anos, foi presidente da Conmebol entre 1986 e 2013 e, durante muito tempo, integrou o comitê executivo da FIFA. Renunciou a ambos os cargos há dois anos, alegando motivos pessoais e de saúde.
7. JOSÉ MARIA MARIN.
José María Marin, de 83 anos, ocupou a presidência da Confederação Brasileira de Futebol (CBF) entre 2012 e abril de 2015 e foi presidente do Comitê Organizador Local da Copa do Mundo de 2014, no Brasil.
8. RAFAEL ESQUIVEL.
O venezuelano Rafael Esquivel, de 68 anos, integra atualmente o comitê executivo da Conmebol e preside, desde 1988, a Federação Venezuelana de Futebol (FVF). Os 27 anos na liderança da entidade o tornam o presidente com mais tempo à frente de uma confederação de futebol nacional na América do Sul.
9. ALEJANDRO BURZACO.
O argentino Alejandro Burzaco, de 50 anos, tem sob seu controle o Torneos y Competencias S.A., que se define como "o canal argentino líder em esporte". Como presidente, Burzaco controla a empresa e suas afiliadas, todas relacionadas à transmissão de eventos esportivos.
10. COSTAS TAKKAS.
O britânico Costas Takkas, de 58 anos, era colaborador do presidente da Concacaf, cargo também ocupado por Webb. Foi secretário-geral da Federação de Futebol das Ilhas Cayman (CIFA).
11. AARON DAVIDSON.
O americano Aaron Davidson, de 44 anos, é o presidente da Traffic Sports USA, empresa sediada em Miami dedicada à promoção de eventos de futebol nas Américas do Norte e Central e no Caribe.
12. HUGO JINKIS.
O argentino Hugo Jinkis, de 70 anos, controla a Full Play Group S.A., empresa sediada na Argentina dedicada ao marketing esportivo desde 1998.
13. MARIANO JINKIS.
Mariano Jinkis, de 40 anos e também argentino, têm vínculos familiares com Hugo Jinkis, embora o Departamento de Justiça dos Estados Unidos não especifique quais. Mariano também está no comando da Full Play Group S.A.
14. JOSÉ MARGULIES.
O brasileiro José Margulies, de 75 anos, também conhecido como "José Lázaro", controla as companhias Valente Corp. e Somerton Ltd. As autoridades dos Estados Unidos o acusam de atuar como intermediário para facilitar pagamentos ilegais.