O órgão calcula que durante a Copa da África do Sul foi emitida 1,65 milhão de tonelada de dióxido de carbono, número 60% menor do que o previsto (Getty Images)
Da Redação
Publicado em 11 de outubro de 2012 às 16h21.
Brasília - O Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (PNUMA) recomendou que a Fifa compense sua emissão de gases poluentes durante a Copa do Mundo do Brasil em 2014, e que incentive seus parceiros a tomar a mesma medida.
Este é um dos pontos do relatório sobre o Mundial da África do Sul, disputado dois anos atrás, e apresentado nesta terça-feira em Brasília. No texto, o órgão incentiva a Fifa a incluir requisitos ambientais para os candidatos a organizar uma Copa.
O PNUMA considera que estes requisitos devam ser "claros e legalmente vinculantes", com objetivos que sejam inegociáveis, mensuráveis e tenham o respaldo da lei.
O organismo ambiental aponta que o financiamento de iniciativas ambientais deve ser explorado mais cedo para evitar situações em que os programas planejados não foram implementados devido à falta de fundos.
Além disso, é aconselhado que a Fifa meça o impacto positivo dos programas ambientais, afinal, segundo a PNUMA, em comunicado, "a ausência de dados ambientais da Copa da África do Sul tornou difícil avaliar o impacto de suas iniciativas".
Apesar da falta de dados, o órgão calcula que durante a competição foi emitida 1,65 milhão de toneladas de dióxido de carbono, número 60% menor do que o previsto, que girava em torno de 2,64 milhões de toneladas.
A menor emissão foi possível pelo público do Mundial ter ficado abaixo do esperado, pelos programas de transporte e pelas tecnologias usadas em alguns estádios para economizar até 30% de energia.
De forma paralela à apresentação do relatório, o PNUMA assinou acordo com o Governo brasileiro para ajudá-lo a tornar "mais verdes a Copa de 2014 e os Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro em 2016.