Mundo

Organização pede a Maduro que investigue morte de militar detido

O capitão de corveta Rafael Acosta Arévalo estava detido sob a acusação de atentar contra o presidente venezuelano

Militar integrava grupo de 13 pessoas detidas pela alegada tentativa de "golpe de Estado" contra Maduro, que incluiria o assassinato do presidente (Manaure Quintero/Reuters)

Militar integrava grupo de 13 pessoas detidas pela alegada tentativa de "golpe de Estado" contra Maduro, que incluiria o assassinato do presidente (Manaure Quintero/Reuters)

A

AFP

Publicado em 4 de julho de 2019 às 06h56.

A Comissão Interamericana de Direitos Humanos (CIDH) solicitou nesta quarta-feira ao governo de Nicolás Maduro que "investigue, julgue e puna" os responsáveis pela morte do capitão de corveta Rafael Acosta Arévalo, detido sob a acusação de atentar contra o presidente venezuelano.

Acosta Arévalo morreu no sábado, sob a custódia da Direção Geral de Contrainteligência Militar (DGCM), onde estava detido por conspirar para matar Maduro.

A CIDH, orgão autônomo da Organização dos Estados Americanos (OEA), manifestou seu "alarme e preocupação" pelo falecimento por "prováveis atos de tortura".

"O Estado tem o dever de investigar os fatos de maneira transparente, imparcial, independente e efetiva. A impunidade facilita a reincidência", declarou o relator para a Venezuela da CIDH, Francisco Eguiguren.

Nesta quarta-feira, Gustavo Tarre, representante junto à OEA do líder opositor venezuelano Juan Guaidó, pediu à CIDH que visite a Venezuela para investigar a morte de Acosta Arévalo.

"A ideia é que a Comissão se desloque para a Venezuela para observar a situação geral dos direitos humanos (...) com ênfase especial no caso do capitão Acosta Arévalo", disse Tarre em entrevista coletiva.

Tarre propõe à CIDH a criação de um "mecanismo especial de investigação" sobre os "graves fatos relacionados ao desaparecimento forçado, tortura e execução arbitrária" de Acosta Arévalo.

O capitão de corveta foi detido no dia 21 de junho e dado por desaparecido durante uma semana. No dia 28 de junho foi apresentado a uma Corte Marcial em cadeira de rodas, incapaz de falar e com sinais de tortura.

O juiz ordenou sua transferência para um hospital militar, onde morreu nas primeiras horas de 29 de junho.

O militar integrava o grupo de 13 pessoas detidas pela alegada tentativa de "golpe de Estado" contra Maduro, incluiria o assassinato do presidente e de altos funcionários.

Acompanhe tudo sobre:Direitos HumanosJuan GuaidóNicolás MaduroVenezuela

Mais de Mundo

Trump nomeia Chris Wright, executivo de petróleo, como secretário do Departamento de Energia

Milei se reunirá com Xi Jinping durante cúpula do G20

Lula encontra Guterres e defende continuidade do G20 Social

Venezuela liberta 10 detidos durante protestos pós-eleições