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Da Redação
Publicado em 10 de outubro de 2010 às 03h46.
Londres - A China provavelmente observará o maior aumento de seu orçamento de defesa nos próximos quatro anos e a Grã-Bretanha, a maior redução, disse um grupo de informação em defesa em sua pesquisa sobre a indústria na terça-feira.
Os gastos menores com defesa na Europa Oriental e nos Estados Unidos estimularão uma competição maior entre as empresas de defesa pelos contratos, mas também a colaboração em alguns projetos para cortar custos e entrar em novos mercados, indicou a pesquisa.
"As expectativas por gastos estáveis ou em queda nos mercados estabelecidos colocam ênfase nos mercados emergentes", disse o grupo de informação sobre defesa IHS Janes na pesquisa.
Cerca de 80 por cento dos quase 300 contatos da indústria da defesa pesquisados acreditam que o orçamento com defesa da China deverá crescer, e o Janes prevê um aumento de aproximadamente 56 por cento até 2014.
Ao longo do mesmo período, 44 por cento dos pesquisados esperam uma queda nos gastos de defesa da Grã-Bretanha. O Janes informou que espera uma redução de aproximadamente 17 por cento.
O orçamento oficial da China para defesa em 2010 é de 78 bilhões de dólares, mas alguns analistas afirmam que o número real é provavelmente maior. O da Grã-Bretanha é de 56 bilhões de dólares.
Índia, Coreia do Sul, Brasil e Rússia também devem gastar mais, enquanto se prevê que os governos dos mercados de defesa estabelecidos do Ocidente cortem os orçamentos militares para cuidar dos déficits orçamentários causados pela crise financeira de 2008.
Fora da América do Norte, os entrevistados esperavam uma consolidação maior entre as empresas de defesa em razão dos pedidos menores. O Janes afirmou que isso seria improvável nos mercados mais maduros, como o da América do Norte, em razão da consolidação prévia em resposta a desacelerações anteriores e também por causa das regras de competição.
Por outro lado, as empresas nos mercados amadurecidos têm uma probabilidade maior de colaborar, e as firmas maiores devem diversificar parte dos negócios.
A pesquisa foi feita entre 28 de janeiro e 23 de fevereiro.