A presidente Dilma Rousseff: grupo de senadores brasileiros tentou, sem sucesso, visitar políticos presos (REUTERS/Bruno Domingos)
Da Redação
Publicado em 19 de junho de 2015 às 18h00.
Caracas - Um grupo de opositores venezuelanos em greve de fome foi nesta sexta-feira à embaixada do Brasil em Caracas para pedir à presidente Dilma Rousseff que estabeleça uma posição clara sobre a situação da Venezuela, após um grupo de senadores brasileiros tentar, sem sucesso, visitar políticos presos.
"Presidente Dilma Rousseff, chegou o momento de fixar uma posição, é o momento de falar claro sobre o que acontece na região, uma comissão de senadores oficiais foi maltratada, foram agredidos, não se pode dar as costas para o que acontece", disse aos jornalistas o deputado do partido Vontade Popular (VP) Juan Guaido em frente à embaixada.
"O Brasil tem muito o que dizer a respeito, o Brasil tem muito o que fazer a respeito", afirmou o parlamentar opositor, que liderou um grupo de 18 membros do VP, em greve de fome há mais de uma semana apoiando um protesto iniciado pelo líder do partido, Leopoldo López, no dia 24 de maio.
Os grevistas foram à sede da embaixada para entregar um documento dirigido a um grupo de senadores brasileiros que esteve ontem na Venezuela com a intenção de visitar os opositores na prisão, mas que não conseguiu ir muito além do aeroporto.
Segundo Guaido, com os percalços vividos pelos parlamentares brasileiros para tentar chegar a Caracas, "o regime (do presidente venezuelano Nicolás Maduro) se encarregou em primeira pessoa de narrar, fazer testemunho vivo do que a Venezuela vive no dia a dia".
Os senadores brasileiros afirmaram ontem que o ônibus em que estavam paa ir do aeroporto à capital venezuelana foi bloqueado por simpatizantes do movimento chavista, que cercaram o veículo e bateram nos vidros de forma ameaçadora.