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Opositores ao casamento gay dizem que não deixarão de lutar

"Se o Tribunal reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, iniciaremos outra guerra cultural", afirmou Brian Brown, presidente da Organização Nacional pelo Casamento


	Casamento gay: as enquetes mostram que, em anos recentes, houve um aumento da aceitação dos casais homossexuais nos Estados Unidos.
 (REUTERS/Cliff Despeaux)

Casamento gay: as enquetes mostram que, em anos recentes, houve um aumento da aceitação dos casais homossexuais nos Estados Unidos. (REUTERS/Cliff Despeaux)

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Da Redação

Publicado em 26 de março de 2013 às 16h16.

Washington - Para os que se opõem à equiparação legal das uniões conjugais entre heterossexuais e pessoas do mesmo sexo nos EUA, a batalha não se limita às audiências que tiveram início nesta terça-feira na Suprema Corte e, provavelmente, não será concluída com as decisões dos magistrados.

"Jamais nos calaremos", disse nesta terça-feira Brian Brown, presidente da Organização Nacional pelo Casamento, em uma entrevista concedida à rede "CBS". "Nunca deixaremos de lutar pela verdade no casamento".

"Se o Tribunal reconhecer o casamento entre pessoas do mesmo sexo, iniciaremos outra guerra cultural", acrescentou Brown, usando termos que nos Estados Unidos descrevem as polêmicas prolongadas como as que rodeiam o aborto e a pena de morte.

O arcebispo católico de São Francisco, Salvatore Cordileone, que se juntou nesta terça-feira a centenas de pessoas em frente ao Supremo, afirmou em comunicado divulgado pela Conferência Episcopal dos EUA que "todas as pessoas têm um pai e uma mãe".

"O casamento existe para unir um homem e uma mulher como marido e esposa, para que sejam pai e mãe das crianças nascidas dessa união", disse Cordileone.

Kathy Baskens, de Maryland, é outra ativista contrária aos casamentos entre homossexuais e partidária do casamento convencional que participou da manifestação em frente ao Supremo.


"Somos batistas. Deus defende o amor. Acreditamos em Deus e no amor, por isso, o casamento é coisa entre homem e mulher", disse Kathy.

Um dos evangélicos mais populares dos EUA, T.D Jakes, afirmou em entrevista recente concedida à Oprah Winfrey que "na percepção de hoje, em nossa sociedade, é que se uma pessoa se diz contra o casamento entre homossexuais, ela tem fobia a eles. Isso não é verdade", disse Jakes.

"Mas eu sou um pastor e como tal devo expressar a posição das Escrituras nesse tema: As Escrituras condenam a relação sexual entre duas pessoas o mesmo sexo".

As enquetes mostram que, em anos recentes, houve um aumento da aceitação dos casais homossexuais nos Estados Unidos e a equiparação de seus direitos conjugais com os quais tradicionalmente tiveram os casamentos que envolvem um homem e uma mulher.

Uma pesquisa publicada na segunda-feira pela rede "CNN" indicava que o número de americanos que apoiam o casamento entre pessoas do mesmo sexo aumentou de 40% em 2007 para 53% atualmente.

Um total de 30 estados proíbem qualquer tipo de enlace entre pessoas do mesmo sexo, e outros oito proíbem de forma explícita o casamento gay, mas permitem outros tipos de uniões civis entre homossexuais.

Os nove juízes do Tribunal Supremo dos EUA escutaram hoje argumentos a favor e contra a Proposta 8, a emenda constitucional que impede o casamento gay na Califórnia.

O Supremo se dedicará amanhã a outro caso relacionado com as bodas gays, o da Lei de Defesa do Casamento (DOMA, por seu sigla em inglês), que define o casamento como a "união entre um homem e uma mulher" e impede, portanto, que os homossexuais casados nos nove estados onde é legal sejam reconhecidos e recebam os benefícios fiscais em nível federal. 

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