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Da Redação
Publicado em 21 de março de 2012 às 19h53.
Caracas - Um assessor graduado de Henrique Capriles, político da oposição que concorrerá contra o presidente Hugo Chávez nas eleições venezuelanas de outubro, descartou nesta quarta-feira que a campanha tenha sido informada pelo governo de que existem ameaças de morte a Capriles. Na segunda-feira, Chávez disse na televisão estatal que policiais informaram a Capriles que existia uma conspiração contra a vida do opositor. Segundo Chávez, seriam outros opositores que pretendem matar Capriles para culpar o governo.
"Se for verdade, não parece que é a maneira correta do governo de avisar isso. Esse é um tipo de anúncio que não deve ser feito através da mídia", disse Armando Briquet, chefe da campanha de Capriles. Briquet pediu a Chávez que entregue à Justiça as informações que possui sobre a conspiração contra a vida de Capriles.
"Planejar um assassinato é um delito. Por isso, o mandatário precisa apresentar uma denúncia formal à promotoria", disse Briquet. Capriles, de 39 anos, disse que não se deixará intimidar com a suposta conspiração. Capriles, governador do Estado de Miranda, foi eleito candidato da oposição após primárias em fevereiro que atraíram 3 milhões de votos. O presidente Chávez, de 59 anos, teve recentemente sua candidatura posta em questão, após o reaparecimento do câncer que o forçou a se submeter a mais uma cirurgia em Cuba. Chávez voltou a Caracas no final da semana passada e faz tratamento de radioterapia contra o câncer.
As informações são da Associated Press e da Dow Jones.