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Opositor ligado a caso Odebrecht no Equador é preso

Jacobo Sanmiguel é investigado por ter simulado uma venda de combustíveis que "supostamente realizado pela empreiteira"

Odebrecht: Sanmiguel está proibido de sair do país e da possibilidade de alienar bens (foto/Bloomberg)

Odebrecht: Sanmiguel está proibido de sair do país e da possibilidade de alienar bens (foto/Bloomberg)

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EFE

Publicado em 29 de setembro de 2017 às 06h31.

Quito - Jacobo Sanmiguel, um politico opositor do Equador, foi preso na quinta-feira por ordem da Promotoria que o está investigando por um suposto uso fraudulento de documentos falsos e lavagem de dinheiro, relacionado com o escândalo de propinas da construtora Odebrecht.

A promotora Thania Moreno, em conversa com jornalistas, explicou que foram realizados operações em imóveis na cidade de Ambato, onde Sanmiguel tinha negócios e de onde foi vereador pelo movimento SOMA.

De acordo com a promotora, Sanmiguel é investigado por ter simulado uma venda de combustíveis que "supostamente realizado pela Odebrecht".

Após a audiência, foi colocado no acusado um bracelete, como medida de substituição para a prisão preventiva.

O promotor Diego Bolaños disse que Sanmiguel está proibido de sair do país e da possibilidade de alienar bens.

Por sua vez, o advogado de Sanmiguel, Giovanny Altamirano, ao ser abordado por jornalistas disse que este caso não se trata de um crime de lavagem de dinheiro, por houve "uma grande confusão" nos estudos contábeis do Serviço de Rendas Internas (SRI, a agência de arrecadação do Estado).

Ele também descartou que este caso tenha a ver com a questão das propinas da Odebrecht e a construção do metrô de Quito, onde a construtora brasileira fazia parte de um consórcio com a espanhola Acciona.

A ação da Procuradoria aconteceu no dia seguinte do comparecimento perante da Promotoria do ex-diretor da Odebrecht no Equador, José Conceição Santos, através de uma videoconferência.

Em dezembro do ano passado, o Departamento de Justiça dos Estados Unidos informou que a construtora Odebrecht pagou US$ 788 milhões em propinas em 12 países da América Latina e África.

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