A líder da oposição venezuelana, María Corina Machado, fala ao lado do candidato presidencial da Plataforma de Unidade Democrática (PUD), Edmundo González Urrutia, durante entrevista coletiva em Caracas, em 17 de junho de 2024 (AFP)
Agência de notícias
Publicado em 28 de junho de 2024 às 07h56.
Um colaborador da opositora venezuelana María Corina Machado no estado de Táchira (oeste) é reportado como "desaparecido" desde a quarta-feira, véspera da visita da líder a essa região, como parte da campanha para as eleições presidenciais de 28 de julho, denunciou a oposição nesta quinta-feira, 27.
"Desde a Plataforma Unitária Democrática, denunciamos que o dirigente Franklin Chacón [...] está desaparecido há 24 horas", afirmou a PUD na rede social X, exigindo sua "libertação".
Chacón é membro do partido social-democrata Copei e colaborador da equipe de campanha de Machado, que lidera os comícios em apoio a seu substituto Edmundo González Urrutia, após ter sido inabilitada pela Tribunal Supremo de Justiça.
As autoridades ainda não se pronunciaram sobre essa denúncia. O ativista é uma liderança no município de Panamericano (Táchira), uma localidade que Machado planeja visitar nesta quinta-feira.
A oposição tem denunciado uma "perseguição política" a seus líderes e militantes, que inclui o fechamento de estabelecimentos comerciais e multas a hotéis e restaurantes que prestaram serviços a Corina Machado e sua equipe.
Além disso, cerca de dez prefeitos foram inabilitados por manifestarem abertamente seu apoio à candidatura de González Urrutia. As autoridades também não explicaram os motivos.
Até 17 de junho, a oposição contabilizava 37 prisões durante a campanha.
Enquanto isso, o governo venezuelano acusa a oposição de conspirar contra Maduro, cujas aparições na televisão estatal têm se multiplicado antes das eleições.
A ONG Foro Penal contabiliza 282 "presos políticos" na Venezuela até o momento.