Venezuela: há 72 dias a Venezuela vive uma onda de manifestações, a favor e contra o presidente Nicolás Maduro (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)
EFE
Publicado em 12 de junho de 2017 às 06h20.
A aliança opositora venezuelana Mesa da Unidade Democrática (MUD) avaliará nos próximos dias convocar uma "grande greve nacional" de todos os setores do país para pressionar o governo do presidente Nicolás Maduro e a convocação da Assembleia Nacional Constituinte.
"Chegou o momento em que o nosso país está se preparando para a convocação de uma grande greve nacional e uma grande mobilização na cidade de Caracas", anunciou a jornalistas o primeiro-vice-presidente da Assembleia Nacional, o opositor Freddy Guevara.
Uma forma de protesto "permanente que não se detenha até que haja respostas para o povo da Venezuela é a agenda que estaremos discutindo esta semana e estaremos anunciando ao país", adiantou o também coordenador do partido Vontade Popular.
Há 72 dias a Venezuela vive uma onda de manifestações, a favor e contra o presidente Nicolás Maduro, que, em alguns casos, desencadearam fatos violentos que resultaram em 67 mortes e mais de mil feridos, segundo dados da Procuradoria-Geral.
"O chamado ao povo da Venezuela é para que no dia 72 da resistência assumamos que isto é irreversível e que muito em breve estaremos fazendo anúncios ao país sobre uma escalada de pressão que implique maior contundência e certamente mantenha o espírito de luta", disse o parlamentar opositor.
Consultado sobre qual impacto uma greve nacional poderia provocar contra o governo socialista, Guevara informou que a proposta, ainda em discussão, mas que ele apoia, procura que "todos os setores se unam com o objetivo de demonstrar ao regime que não haverá normalidade e governabilidade enquanto existir ditadura".