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Oposição turca propõe ação contra jihadistas na Síria

O principal partido da oposição da Turquia propôs ao governo o envio de tropas turcas para Kobane, para salvar a cidade dos jihadistas


	Bandeira do Estado Islâmico: oposição acusou o governo de ter apoiado os jihadistas
 (Jm Lopez/AFP)

Bandeira do Estado Islâmico: oposição acusou o governo de ter apoiado os jihadistas (Jm Lopez/AFP)

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Da Redação

Publicado em 9 de outubro de 2014 às 14h42.

Ancara - O principal partido da oposição da Turquia, o Partido Republicano do Povo (CHP), propôs nesta quinta-feira ao governo o envio de tropas turcas para Kobane para salvar esta cidade sírio-curda do assédio jihadista.

Kemal Kilidaroglu, presidente do CHP, lembrou que seu partido votou há uma semana contra a renovação da permissão parlamentar para que o exército possa intervir na Síria porque, argumentou, esse mandato é aberto demais e permitiria envolver a Turquia em uma guerra geral contra a Síria.

Mas o chefe da oposição argumentou que defende uma operação limitada contra o grupo Estado Islâmico (EI) para resistir à ameaça jihadista e apresentou este projeto para que o parlamento vote sobre esta possibilidade.

"Devemos limitar uma operação terrestre de nossas tropas à missão de salvar Kobane e limpar a região do EI. Aprovemos imediatamente este mandato no parlamento", pediu Kilidaroglu.

Acrescentou que o texto deveria incluir a garantia de retirada das tropas assim que o EI for derrotado, para dar segurança à população curda local de que a Turquia não pretende ocupar permanentemente seu território.

Kilidaroglu se mostrou favorável a apoiar operações aéreas de países aliados, mas se opôs à presença de tropas estrangeiras em solo turco, o que o mandato aprovado no parlamento em 2 de outubro autoriza, com a oposição do CHP e do partido pró-curdo HDP.

O político social-democrata acusou o governo turco de ter apoiado abertamente os jihadistas, seguindo uma política sectária na Síria de respaldo a grupos sunitas contra outras vertentes religiosas, e garantiu que o executivo será responsável caso aconteça um massacre em Kobane.

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