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Oposição síria resiste a se comprometer com processo de paz

Oposição alegou que não poderá se incluir em um processo que possa resultar na permanência do presidente Assad

Combatente do Exército Sírio Livre inspeciona sua arma, na área de Jabal al-Akrad, província de Latakia, Síria (Khattab Abdulaa/Reuters)

Combatente do Exército Sírio Livre inspeciona sua arma, na área de Jabal al-Akrad, província de Latakia, Síria (Khattab Abdulaa/Reuters)

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Da Redação

Publicado em 22 de outubro de 2013 às 17h43.

Londres - A oposição síria no exílio resistiu nesta terça-feira aos apelos de países árabes e ocidentais para se comprometer a participar de negociações de paz, alegando que não poderá se incluir em um processo que possa resultar na permanência do presidente Bashar al-Assad no poder.

Reunidos em Londres, 11 países pressionaram a Coalizão Nacional da oposição síria a participar de uma conferência de paz com o objetivo de encerrar um conflito que matou mais de 100 mil pessoas desde 2011. Mas o grupo listou condições e disse que vai levar algumas semanas para decidir sobre sua participação.

"Não haverá quaisquer negociações sem garantir que a reunião de Genebra 2 seja basicamente para o período de transição e para que Assad se vá", disse o líder da Coalizão Nacional, Ahmed Jarba, em entrevista coletiva após a reunião de Londres.

"Não vamos nos sentar e negociar com Assad possivelmente ainda estando lá", prosseguiu. "Nossa gente não aceitaria isso. Ela nos consideraria traidores se viéssemos aqui vender nosso povo." Mas Jarba não descartou explicitamente a participação no encontro e disse que seu grupo vai se reunir em breve, possivelmente no dia 1º em Istambul, para decidir em votação sobe a participação na conferência, conhecida como Genebra 2, ainda sem data marcada.

Os participantes da reunião disseram que o objetivo da conferência Genebra 2 seria estabelecer um governo provisório, e que até lá "Assad e seus colaboradores próximos que tenham sangue nas mãos não terão papel na Síria".

O chanceler britânico, William Hague, anfitrião do encontro com Egito, França, Alemanha, Itália, Jordânia, Catar, Arábia Saudita, Turquia, Emirados Árabes Unidos e Estados Unidos, disse que a participação da oposição síria na conferência é vital.

"Pedimos à Coalizão Nacional para que se comprometa plenamente, lidere e forme o coração de qualquer delegação da oposição a Genebra", afirmou Hague em entrevista coletiva.

Muitos dos rebeldes islâmicos que enfrentam as forças de Assad dentro da Síria se recusam a reconhecer a oposição no exílio, que tem o apoio ocidental.

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