Soldado do Exército Livre da Síria: proposta estipula acordo para que a Síria deixe seu arsenal químico sob supervisão direta da Rússia (Muzaffar Salman/Reuters)
Da Redação
Publicado em 11 de setembro de 2013 às 12h06.
Cairo - O Conselho de Coordenação Nacional (CCN), um dos principais grupos da oposição na Síria, propôs que o regime de Damasco coloque suas armas químicas sob supervisão de Moscou, revelou nesta quarta-feira a organização por meio de um comunicado.
O CCN apresentou seu plano ao vice-ministro de Relações Exteriores da Rússia, Mikhail Bogdanov, e ao embaixador deste país em Beirute, assim como aos Ministérios das Relações Exteriores do Egito e Iraque.
A proposta estipula um acordo internacional para que a Síria deixe seu arsenal químico sob a supervisão direta da Rússia e em seguida passe para as mãos de um governo de transição no estado árabe.
O plano também defende a realização urgente da Conferência de Genebra II para buscar uma saída para o conflito, que deveria contar com a participação das principais forças da oposição e ser baseada no estipulado em junho de 2012 pelas potências internacionais na primeira conferência.
Na ocasião, o Grupo de Ação para a Síria (integrado pela China, Rússia, Estados Unidos, França, Reino Unido, Turquia, Liga Árabe, ONU e União Europeia) lançou uma iniciativa para uma solução política, que sugeria a criação de um governo interino que incluísse representantes do regime sírio e da oposição.
O CCN pede um cessar-fogo e a transferência urgente do poder a um Executivo de transição, liderado por uma figura da oposição, que prepararia a transição para a democracia.
Os opositores apresentaram seu plano dias antes do chefe da diplomacia russa, Sergei Lavrov, propor na segunda-feira que Damasco colocasse sob controle internacional suas armas químicas para evitar um ataque liderado pelos EUA, o que foi aceito pelo regime sírio.
O presidente americano, Barack Obama, solicitou ontem ao Congresso que adiasse um voto sobre um possível ataque militar contra a Síria enquanto se busca uma solução diplomática.