Rebeldes da oposição síria em confronto com forças de Bashar al-Assad: relatório denuncia torturas e execuções de 11 mil presos pelas autoridades sírias (Bulent Kilic/AFP)
Da Redação
Publicado em 21 de janeiro de 2014 às 08h10.
Beirute - A Coalizão Nacional Síria (CNFROS), principal aliança opositora do país, pediu nesta terça-feira à comunidade internacional que pressione o regime de Bashar al-Assad para que renuncie, após a publicação de um relatório que denuncia torturas e execuções de 11 mil presos pelas autoridades sírias.
Em comunicado, o grupo destacou que "as novas provas que demonstram a brutalidade do regime reforçam a necessidade de uma transição para uma Síria livre de Assad e o fim da cultura da impunidade".
A CNFROS afirmou que o regime sírio, apoiado pela Rússia e pelo Irã, é o principal obstáculo para uma solução à violência e se queixou de que o respaldo é o que permite às autoridades sírias afirmar que não têm nenhuma intenção de renunciar antes do início das negociações.
Três destacados advogados internacionais denunciaram torturas sistemáticas e execuções de 11 mil presos na Síria desde o começo do conflito em 2011, segundo revela hoje o jornal britânico "The Guardian".
Em um relatório, especialistas analisaram milhares de fotografias do governo sírio e arquivos que registram a morte de pessoas detidas pelas forças de segurança do regime de Damasco desde março de 2011 até agosto passado.
O relatório é divulgado um dia antes do início da chamada convenção de Genebra, na cidade suíça de Montreux, onde espera-se que se sentem na mesma mesa representantes do governo sírio e dos opositores.