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Oposição síria pede que mundo assuma culpa no conflito

O presidente considerou que para o "regime criminoso" sírio não são suficientes os bombardeios contra a população civil


	Prédios destruídos na Síria: pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida no conflito sírio desde março de 2011 até novembro de 2012.
 (REUTERS)

Prédios destruídos na Síria: pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida no conflito sírio desde março de 2011 até novembro de 2012. (REUTERS)

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Da Redação

Publicado em 4 de janeiro de 2013 às 16h08.

Cairo - O presidente da principal aliança opositora síria, Ahmed Muaz al-Khatib, pediu nesta sexta-feira à comunidade internacional que assuma sua "responsabilidade política e ética" no conflito sírio, após os últimos massacres de civis.

Al-Khatib, líder a coalizão para as Forças da Revolução e a Oposição Síria (CNFROS), ressaltou em comunicado que "acabar com o massacre na Síria é responsabilidade da comunidade internacional".

O presidente considerou que para o "regime criminoso" sírio não são suficientes os bombardeios contra a população civil com aviões, foguetes e armas pesadas, por isso que derrama sangue de menores inocentes.

"Destruiu padarias, mesquitas e um posto de gasolina, além de cometer genocídio. Não existe crime contra a humanidade que este regime não tenha cometido", destacou o presidente da CNFROS.

Al-Khatib dirigiu sua mensagem aos secretários gerais das Nações Unidos, Ban Ki-moon, da Liga Árabe, Nabil al Araby, da Organização da Cooperação Islâmica, Ekmeledin Ehsanoglu, além dos membros do Conselho de Segurança, do enviado especial para a Síria, Lakhdar Brahimi, e dos líderes mundiais.

O dirigente opositor concluiu sua carta com um desejo de tolerância, paz e segurança no mundo para 2013.

Nas últimas semanas, as padarias, onde eram vistas grandes filas de cidadãos na busca por alimentos, foram alvos de alguns ataques perpetrados pelo regime, segundo a oposição.

Ontem à noite, pelo menos 11 pessoas morreram pela explosão de um carro-bomba em um posto de gasolina no subúrbio de Damasco, em Barzeh, informou o Observatório Sírio de Direitos Humanos.

Pelo menos 60 mil pessoas perderam a vida no conflito sírio desde março de 2011 até novembro de 2012, enquanto mais de 550 mil se refugiaram em outro país, segundo os últimos dados da ONU. 

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