Rebeldes sírios praticam tiro em Daraya: há 17 meses, a Síria vive sob um clima de guerra (Austin Tice/AFP)
Da Redação
Publicado em 13 de agosto de 2012 às 15h13.
Brasília – Integrantes da oposição da Síria pediram hoje (13) às autoridades estrangeiras que tentem estabelecer uma área de exclusão aérea no país para impedir bombardeios promovidos por militares ligados ao governo do presidente sírio, Bashar Al Assad. O comandante de oposição, Abu Alaa, disse que a tensão maior está na região da cidade de Alepo, a capital econômica da Síria.
Alaa disse que a ideia é que os países aliados à oposição atuem para impedir que aviões e helicópteros do governo sobrevoem algumas regiões sírias. A secretária de Estado norte-americana, Hillary Clinton, evitou comentar a respeito.
Porém, especialistas no tema acreditam que o Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU) não aprovará a área de exclusão, pois as delegações da Rússia e China impedem medidas de restrição ao governo Assad.
A iniciativa da oposição ocorre no momento em que o primeiro-secretário da Missão da Síria na ONU, Danny Al Baaj, renunciou ao cargo. Na semana passada, o governo Assad sofreu uma baixa, considerada a mais grave dos últimos dias. O então primeiro-ministro da Síria, Riad Hijab, de 48 anos, renunciou ao cargo e fugiu para a Jordânia.
Há 17 meses, a Síria vive sob um clima de guerra. A estimativa é que mais de 20 mil pessoas tenham morrido no país, segundo organizações não governamentais. A oposição insiste na renúncia de Assad, no fim das violações aos direitos humanos e da violência na região.