Rebeldes sírios: oposição disse que as acusações de que eles usam armas químicas são falsas e que o governo estaria tetando encobrir seus crimes contra a população (AFP / Daniel Leal-Olivas)
Da Redação
Publicado em 24 de agosto de 2013 às 14h45.
Cairo - A Coalizão Nacional da Síria (CNFROS), a maior aliança de oposição na Síria, negou neste sábado que os rebeldes possuam armas químicas em sua luta contra as forças do regime do presidente sírio, Bashar al Assad.
"As informações falsas que são divulgadas pelo regime representam tentativas fracassadas e desesperadas de disfarçar e encobrir seus reiterados e sistemáticos crimes contra a população civil síria mediante seus meios de informação", ressaltou a aliança em comunicado.
Nesse sentido, explicou que "todas as informações que a CNFROS obteve, provenientes de diversas fontes, confirmam o envolvimento do governo sírio, desde os mais altos níveis, no uso de armas químicas", algo que, segundo sua opinião, "corresponde com um histórico repleto de crimes sistemáticos e terrorismo".
Os opositores consideram que o momento escolhido pelo regime para o ataque - justo quando está no país uma missão de inspetores da ONU que investiga o emprego de armamento químico em outros locais do país - é uma tentativa de sugerir a existência de uma conspiração contra o governo.
Por isso, a CNFROS ressalta a necessidade que a equipe de analistas da ONU, que permanece na Síria, se transfira ao subúrbio de Guta Oriental, onde centenas de pessoas morreram supostamente por uma ação armada destas características.
A oposição pede na nota para "não cair nos enganos e pretextos do regime para justificar ou atrasar as indagações, que já estão atrasadas".
A CNFROS, que lembra que vários países "possuem provas irrefutáveis que confirmam que o regime usou este tipo de armas", assegura também que a comunidade internacional "sabe muito bem que o governo é a única parte que possui meios para produzir, armazenar e usar armas químicas".
A representante da ONU para Assuntos de Desarmamento, Angela Kane, chegou hoje a Damasco para tentar persuadir as autoridades sírias a permitir acesso imediato à área do suposto ataque com armas químicas na periferia da capital.