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Oposição síria debate assembleia apoiada pelos EUA

Catar, Estados Unidos e Emirados Árabes pressionam a oposição Síria por uma liderança unida contra al-Assad

Rebeldes sírios enfrentam exército apoiador de al-Assad (REUTERS/Zain Karam)

Rebeldes sírios enfrentam exército apoiador de al-Assad (REUTERS/Zain Karam)

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Da Redação

Publicado em 11 de novembro de 2012 às 09h31.

DOHA - A nação-sede do Catar, apoiada pelos Estados Unidos e pelos Emirados Árabes Unidos, pressionou no sábado a oposição síria para que formasse uma liderança unida na guerra contra Bashar al-Assad, mas os delegados disseram que precisavam de mais um dia para chegar a um acordo.

Como as conversas em Doha reuniram vários grupos da oposição, o Conselho Nacional Sírio (SNC, na sigla em inglês) teme ser deixado de lado em uma coalizão mais ampla.

Uma fonte no encontro disse que o SNC pediu a continuação das negociações neste domingo, mas que essa seria uma "última chance" antes que figuras da oposição por trás da iniciativa apoiada pelos EUA seguissem em frente sem o SNC.

Os EUA e o Catar, que financiou a oposição a Assad e desempenhou um papel importante na diplomacia árabe contra ele, vêm mantendo pressão sobre o SNC para que chegue rapidamente a um acordo, disse uma fonte diplomática.

"Achei que estava tudo certo hoje, mas então foi adiado", disse o renomado dissidente Riad Seif, que propôs o novo órgão, enquanto delegados deixavam as negociações no hotel Sheraton Doha, que duraram até as primeiras horas de domingo. Ele disse que há 90 por cento de chance de um acordo.


Os delegados disseram que o ministro das Relações Exteriores dos Emirados, xeique Abdullah bin Zayed, compareceu para pressionar os participantes a se unirem e a finalizarem um acordo.

O primeiro-ministro do Catar e o ministro das Relações Exteriores da Turquia se dirigiram aos sírios na quinta-feira com a mesma mensagem. Diplomatas norte-americanos marcaram presença no lobby do hotel no sábado em mais um sinal da pressão das partes.

O SNC, criticado por ser ineficaz, desunido e fora de sintonia com os insurgentes e ativistas dentro da Síria, diz que seus partidários estrangeiros deveriam fazer mais para armar os rebeldes e proteger os civis e permitir uma reforma no SNC, em vez de concentrar a atenção na criação de um novo grupo de oposição.

Protestos anti-Assad começaram há quase 20 meses, e tiveram uma resposta violenta que levou a um conflito que já custou mais de 38.000 vidas e ameaça se espalhar para os países vizinhos.

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