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Oposição na Venezuela denuncia prisões arbitrárias e assédio

Frente Democrática Popular denuncia prisão de Enrique Márquez e aumento na repressão a líderes opositores na Venezuela

Enrique Márquez: líder opositor preso durante onda de repressão política na Venezuela (AFP)

Enrique Márquez: líder opositor preso durante onda de repressão política na Venezuela (AFP)

EFE
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Agência de Notícias

Publicado em 8 de janeiro de 2025 às 19h53.

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Enrique Márquez, ex-candidato presidencial e líder opositor na Venezuela, foi "detido arbitrariamente", conforme denunciou nesta quarta-feira (8) a Frente Democrática Popular (FDP) e sua esposa, Sonia Lugo de Márquez, que classificou o ato como "sequestro".

Desde a noite de terça-feira, uma onda de prisões foi registrada na Venezuela, totalizando pelo menos dez detenções a pouco mais de 48 horas da posse de Nicolás Maduro para seu terceiro mandato.

"Informamos que ontem, 07/01/25, Enrique Márquez foi detido arbitrariamente", declarou a FDP em comunicado. A esposa do líder, por sua vez, afirmou que "grupos parapoliciais" foram responsáveis pela ação, com o objetivo de "calar e intimidar aqueles que desejam um país melhor".

Prisões de ativistas e clima de repressão

Além de Márquez, Carlos Correa, um ativista conhecido pela defesa da liberdade de expressão, também foi preso. O Ministério Público, até o momento, não confirmou nenhuma dessas detenções.

Márquez, que integrou o Conselho Nacional Eleitoral entre 2021 e 2023 representando a oposição, foi candidato nas eleições de 28 de julho como uma alternativa a Edmundo González Urrutia. No entanto, após a reeleição de Nicolás Maduro, contestada pela oposição, ele iniciou uma série de recursos legais que não tiveram sucesso.

Em suas últimas mensagens no X, Márquez criticou a "intimidação" contra o ex-prefeito de Caracas, Juan Barreto, que relatou estar sob vigilância de agentes de inteligência armados e encapuzados em frente à sua residência.

Repressão generalizada e reação da oposição

A Frente Democrática Popular também denunciou assédio à dirigente María Alejandra Díaz, dissidente do chavismo. A esposa de Márquez destacou que a prisão do líder “viola os direitos humanos de muitos venezuelanos” e reflete o “fechamento total da liberdade” no país.

Em sua última mensagem, Márquez afirmou: “A paz não pode ser imposta pela força, com intimidação e ilegalidade. Cada passo dado fora da Constituição nos afasta da paz”.

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