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Da Redação
Publicado em 29 de novembro de 2012 às 22h26.
Jerusalém - Os partidos opositores israelenses criticaram nesta quinta-feira o primeiro-ministro, Benjamin Netanyahu, após a conquista diplomática palestina na ONU, que reconheceu a Palestina como Estado observador com 138 votos a favor, nove contra e 41 abstenções.
A presidente do Partido Trabalhista, Shelly Yajimovich, culpou Netanyahu e seu ministro das Relações Exteriores, Avigdor Lieberman, pela derrota israelense no seio da ONU, que considerou um resultado direto da estagnação das negociações de paz, informou o site do jornal 'Yedioth Ahronoth'.
Yajimovich assegurou que os dois dirigentes envergonharam Israel na esfera internacional e, ao mesmo tempo, deram aos palestinos uma vitória histórica, em uma data histórica para o Estado judeu, o 65º aniversário da resolução da ONU que aprovava sua criação.
Mais dura foi Zahava Gal On, presidente do partido pacifista Meretz, que afirmou, após conhecer os resultados, que a comunidade internacional 'deu uma bofetada na cara de Netanyahu'.
Gal On comemorou a decisão da Assembleia Geral da ONU e opinou que a mensagem da comunidade internacional é que já é hora de que Israel se transforme em um verdadeiro parceiro da paz.
A dirigente do Meretz instou o chefe do Governo israelense a aproveitar esta oportunidade para reiniciar o diálogo de paz com os palestinos, estagnado há mais de dois anos.
O ministro Lieberman, por sua parte, assinalou que o discurso de Abbas na ONU demonstra que é um inimigo e que não está interessado na paz.
Netanyahu reagiu com dureza ao discurso de Abbas na Assembleia Geral, no qual este acusou Israel de realizar uma 'ocupação colonial racista' e uma limpeza étnica contra os palestinos, assim como de matar civis.
'O mundo pôde ver um discurso difamatório e venenoso, cheio de propaganda mentirosa contra o Exército israelense e os cidadãos israelenses', declarou o escritório de Netanyahu em comunicado divulgado pouco depois do fim do discurso de Abbas.
'Alguém que deseja a paz não fala dessa maneira', diz a nota da presidência do Governo israelense, que acrescenta que 'não se criará um Estado palestino que não garanta a segurança dos cidadãos israelenses'. EFE