Agripino Maia, líder do DEM, criticou o arquivamento do caso Palocci (Renata Santana de Oliveira/Agência Senado)
Da Redação
Publicado em 7 de junho de 2011 às 16h14.
Brasília - PSDB, DEM, PPS e P-SOL definiram hoje (7) a estratégia que adotarão a partir da decisão do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, de arquivar representação que pedia a abertura de investigação sobre o aumento de patrimônio do ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. A primeira providência será recorrer ao Supremo Tribunal Federal (STF), caso o presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), anule a convocação do ministro, aprovada na semana passada pela Comissão de Agricultura da Casa.
“Esperamos que ele referende a decisão soberana na comissão. Se, por acaso, não o fizer, a oposição vai ao Supremo”, afirmou o presidente do DEM, senador José Agripino Maia (RN). Ele e o líder do PSDB no Senado, Álvaro Dias (PR), não pouparam críticas à decisão de Gurgel.
Agripino disse que a recusa do procurador em investigar Palocci “abriu a porta para a impunidade, que é o pior dos males do Brasil”. Já Álvaro Dias ressaltou que Gurgel não é infalível em suas decisões. Neste caso, especificamente, “a ação dele é de falibilidade absoluta”, assinalou o tucano.
Hoje, de acordo com o líder do PSDB, a oposição protocolou na Procuradoria-Geral da República nova representação contra Palocci. Nela, os partidos requerem a abertura de investigação sobre as denúncias de que o ministro reside, em São Paulo, em um apartamento alugado que teria como donos “laranjas”, ou seja, pessoas usadas por terceiro para omitir o verdadeiro proprietário do imóvel.
Agripino acrescentou que representações também serão encaminhadas ao Ministério Público do Distrito Federal e Territórios, à Justiça de São Paulo e à Justiça Federal em São Paulo. Ao todo, ele disse que são seis representações.