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Oposição denuncia ao menos 50 mortes em protesto no Congo

"A Assembleia lamenta a morte de inúmeras vítimas, mais de 50", denunciou a coalizão de oposição em um comunicado


	Congo: o Ministério do Interior informou que 17 pessoas morreram pela violência
 (Kenny Katombe / Reuters)

Congo: o Ministério do Interior informou que 17 pessoas morreram pela violência (Kenny Katombe / Reuters)

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Da Redação

Publicado em 19 de setembro de 2016 às 19h52.

Ao menos 50 pessoas morreram pela ação das forças policiais durante as manifestações na República Democrática do Congo, denunciou nesta segunda-feira (19) a oposição, que foi às ruas para pedir a saída do presidente Joseph Kabila.

"A Assembleia lamenta a morte de inúmeras vítimas, mais de 50", denunciou a coalizão de oposição em um comunicado no qual pediu que as manifestações continuem na terça-feira (20).

O texto reafirma a vontade da oposição de "intensificar e ampliar a mobilização popular até a saída definitiva de Joseph Kabila".

Durante o dia, o Ministério do Interior informou que 17 pessoas morreram pela violência - 14 civis e três policiais, sendo que um deles foi queimado vivo.

"A cidade de Kinshasa acaba de enfrentar um movimento de insurreição que fracassou", afirmou o ministro do Interior, Évariste Boshab, que acusou os manifestantes de terem decidido deliberadamente não respeitar o itinerário definido pelas autoridades.

Os protestos desta segunda-feira tinham como objetivo dar um "pré-aviso" a Kabila, três meses antes do final de seu mandato, previsto para 20 de dezembro, e exigir a convocação de eleições presidenciais.

Kabila, no poder desde 2001, está impedido constitucionalmente de se candidatar para um novo mandato, mas não tem dado sinais de que irá deixar o cargo.

O chefe da diplomacia francesa, Jean-Marc Ayrault, qualificou a situação no país africano como "muito perigosa e extremamente preocupante".

"A ordem constitucional deve ser respeitada", disse Ayrault aos jornalistas em Nova York, à margem da reunião da ONU. "O que preocupa é a data das eleições", acrescentou.

O porta-voz do Departamento de Estado americano, John Kirby, disse que os Estados Unidos estão "decepcionados" pela negativa da comissão eleitoral de definir uma data para a votação e "profundamente alarmado" com a violência.

Texto atualizado às 19h52

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