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Oposição da Venezuela convoca greve contra Maduro na 5ª

Líderes da oposição estão prometendo a "Hora Zero" na Venezuela para demandar uma eleição geral e frear a Constituinte de Maduro

Venezuela: "É momento da hora zero", disse o líder oposicionista Freddy Guevara (Andres Martinez Casares/Reuters)

Venezuela: "É momento da hora zero", disse o líder oposicionista Freddy Guevara (Andres Martinez Casares/Reuters)

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EFE

Publicado em 17 de julho de 2017 às 15h57.

Última atualização em 17 de julho de 2017 às 18h16.

Caracas - A oposição venezuelana convocou nesta segunda-feira uma greve geral de 24 horas para a próxima quinta-feira, uma ação de protesto que é parte da "luta cívica" iniciada após o plebiscito realizado ontem contra a Assembleia Constituinte Nacional convocada pelo governo do país.

O anúncio foi realizado pelo deputado opositor Freddy Guevara, que falou como porta-voz da coalizão de oposição Mesa da Unidade Democrática (MUD). Na quarta-feira, a MUD divulgará os primeiros passos para a formação de um governo de unidade nacional.

"Convocamos todo o país para que nesta quinta-feira assumamos em um protesto pacífico e sem violência uma greve cívica nacional de 24 horas, como mecanismo de pressão e preparação para a escalada definitiva que ocorrerá na próxima semana, enfrentando a fraude constituinte e conseguindo a restituição da ordem constitucional", disse o deputado.

A MUD tenta reforçar a pressão contra o governo após considerar que o resultado da consulta popular convocada ontem, com mais de 6 milhões de votos contra a Assembleia Constituinte, "destitui" Nicolás Maduro como chefe de Estado da Venezuela.

Parte dessa estratégia é a nomeação pela Assembleia Nacional dos novos magistrados do Tribunal Supremo de Justiça (TSJ), uma medida que começará a tramitar no parlamento amanhã, segundo a MUD, que não reconhece a legitimidade dos juízes atuais, ligados a Maduro.

Com respaldo institucional da Assembleia Nacional, que aprovou formalmente a convocação do referendo informal no domingo, a oposição prepara novas ações de desobediência ao governo.

O objetivo da MUD, que encontra grande apoio na sociedade civil, é "enfrentar a fraude constituinte e obter a restituição da ordem constitucional", algo que, na avaliação da oposição, foi repetidamente violado pelo chavismo.

Para realizar a campanha, Guevara convocou os cidadãos para se apresentar na quarta-feira nos pontos de votação usados no domingo. A MUD quer montar comitês que devem agir como "núcleos de organização popular" para tentar parar a Constituinte, vista como uma forma de "consolidar a ditadura de Maduro" no país.

Mais de 6,3 milhões de pessoas rejeitaram esse protesto no plebiscito realizado ontem.

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