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Operações militares israelenses deixam vários mortos na Cisjordânia

No sábado, a Força Aérea "atacou e eliminou uma célula terrorista que planejava executar um atentado" em Qabatiya, segundo o Exército

Cerimônia de sepultamento de palestino morto em Jenin, Cisjordânia ocupada, durante operação militar israelense em 2 de fevereiro de 2025 (AFP/AFP)

Cerimônia de sepultamento de palestino morto em Jenin, Cisjordânia ocupada, durante operação militar israelense em 2 de fevereiro de 2025 (AFP/AFP)

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Agência de notícias

Publicado em 2 de fevereiro de 2025 às 11h33.

O Exército de Israel anunciou neste domingo, 2, que matou vários palestinos em três ataques aéreos efetuados na véspera na Cisjordânia ocupada, onde, segundo testemunhas, uma grande operação militar estava am curso nas imediações da localidade de Tamun.

Testemunhas relataram uma grande mobilização de forças israelenses ao redor de Tubas e Tamun, no norte da Cisjordânia, cenário recentemente de atos de violência.

O Exército bloqueou as saídas do campo de refugiados de Faraa, ao sudeste de Jenin, onde iniciou uma operação de busca nas residências, segundo um correspondente AFP, que observou muitos drones sobrevoando a área.

As forças de segurança israelenses informaram na madrugada de domingo que um "grupo tático" havia iniciado operações nas imediações de Tamun, onde armas foram apreendidas.

A "operação antiterrorista" inclui outras cinco localidades, segundo fontes militares.

No sábado, a Força Aérea "atacou e eliminou uma célula terrorista que planejava executar um atentado" em Qabatiya, segundo o Exército.

As forças militares anunciaram que mataram "dois terroristas", Saleh Zakarneh e Abed al Hadi Kamel, procedentes de Qabatiya.

Abed al Hadi Kamel havia sido libertado por Israel em novembro de 2023, durante a primeira trégua com o Hamas na guerra da Faixa de Gaza.

O Ministério da Saúde palestino informou no sábado à noite que os ataques israelenses na área de Jenin mataram cinco pessoas, incluindo um adolescente de 16 anos.

O Exército afirmou à AFP que atacou "terroristas armados".

No mês passado, o Exército israelense iniciou uma grande ofensiva na Cisjordânia denominada "Muro de Ferro", com o objetivo de expulsar os grupos armados palestinos de Jenin e suas imediações.

Jenin e o campo de refugiados de Faraa são conhecidos pela resistência contra a ocupação israelense da Cisjordânia.

Os atos de violência aumentaram na Cisjordânia desde o início da guerra na Faixa de Gaza, em outubro de 2023.

As forças militares israelenses e os colonos mataram pelo menos 881 palestinos na Cisjordânia, incluindo muitos milicianos, desde o começo da guerra entre Israel e o movimento islamista palestino Hamas em 7 de outubro de 2023, segundo o Ministério da Saúde palestino.

Ao menos 30 israelenses, incluindo soldados, morreram em ataques palestinos ou durante operações na Cisjordânia no mesmo período, segundo os dados oficias do governo de Israel.

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