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OPEP quer manter oferta apesar do preço alto

Organização se reunirá nesse sábado e deverá sua produção congelada em 24,84 milhões de barris diários

Os países da OPEP são responsáveis por 35% de petróleo mundial (Justin Sullivan/Getty Images)

Os países da OPEP são responsáveis por 35% de petróleo mundial (Justin Sullivan/Getty Images)

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Da Redação

Publicado em 9 de dezembro de 2010 às 16h45.

Quito - Os membros da Organização de Países Exportadores de Petróleo (OPEP) se reúnem no sábado em Quito com a intenção de manter intactas suas cotas de produção, invariáveis há dois anos, apesar da previsão de alta da demanda de petróleo e do aumento do preço do barril.

"Não se espera uma discussão sobre as cotas. Acho que todos os países da OPEP temos o consenso de manter os cortes e continuar monitorando o mercado petroleiro. Esta reunião vai nos permitir avaliar as perspectivas para 2011", declarou nestes dias o ministro venezuelano de Energia e Petróleo, Rafael Ramírez.

Mas, estimulado pela depreciação do dólar e pela onda de frio na Europa e nos Estados Unidos, o preço do barril superou esta semana, pela primeira vez desde outubro de 2008, os 90 dólares, uma barreira psicológica para alguns membros da organização de países produtores.

Os 12 membros da OPEP (entre os quais Equador e Venezuela), responsáveis pelo fornecimento de mais de 35% de petróleo que circula no mercado mundial, mantêm uma cota total de 24,84 milhões de barris diários (mbd) há dois anos.

O avanço dos preços do barril divide os membros da organização. Representantes da linha dura, como Venezuela e Líbia, apostam em um barril de cem dólares para compensar os efeitos da depreciação do dólar, enquanto outros ressaltam que uma alta excessiva do preço do barril afetará a recuperação econômica mundial.

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