O ministro de Energia e Petróleo da Venezuela, Rafael Ramírez: "cada país ajustará sua produção para adaptar-se ao retorno do petróleo líbio" (Dieter Nagl/AFP)
Da Redação
Publicado em 14 de dezembro de 2011 às 11h02.
Viena - A Opep fixou uma cota total de 30 milhões de barris diários (mbd) para a produção conjunta de seus 12 membros, o que corresponde a seu nível de produção global atual, anunciou nesta quarta-feira em Viena o ministro venezuelano de Energia, Rafael Ramírez.
Esta cota inclui a produção de petróleo do Iraque, que estava até então fora das medidas de produção do grupo, fixadas em 24,84 mbd há três anos para os outros 11 países membros.
"Cada país ajustará sua produção para adaptar-se ao retorno do petróleo líbio", disse Ramírez, ao término da 160ª reunião da organização.
Contando com o Iraque, a Opep - que extrai cerca de 35% da oferta mundial de petróleo - produziu em novembro 30,68 mbd, segundo cifras da Agência Internacional de Energia (AIE), publicadas na terça-feira. Trata-se de seu maior nível de produção em três anos.
Os 11 países submetidos às cotas, no entanto, estavam longe de respeitar o limite de produção de 27,97 mbd, segundo a AIE.
Para compensar a interrupção do fornecimento líbio durante a guerra civil pela qual passou o país, a Arábia Saudita - maior produtor da Opep - decidiu unilateralmente incrementar sua produção, que superou os 10 mbd.
Outros países do Golfo fizeram o mesmo, recebendo críticas de outros países do grupo, como Venezuela e Irã, que denunciaram o excesso de produção da Opep, apesar de a atividade petroleira líbia estar sendo gradativamente retomada desde setembro.