Secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen: "ameaça crível de uma intervenção militar foi o que deu uma oportunidade à diplomacia", disse (Francois Lenoir/Reuters)
Da Redação
Publicado em 18 de setembro de 2013 às 11h23.
Londres - O secretário-geral da Otan, Anders Fogh Rasmussen, disse nesta quarta-feira que a opção de uma intervenção militar na Síria "deve seguir sobre a mesa", a fim de pressionar o regime do presidente Bashar al-Assad para que cumpra com seu compromisso de entregar suas armas químicas.
"Acho que a ameaça crível de uma intervenção militar foi o que deu uma oportunidade à diplomacia e penso que, para manter a força do processo político e diplomático, a opção militar deve seguir sobre a mesa", declarou Ramussen depois de se reunir em Londres com o primeiro-minitro do Reino Unido, David Cameron.
Cameron e o secretário-geral da Otan se encontraram na residência oficial do número 10 de Downing Street para tratar sobre o conflito na Síria e a situação do Afeganistão.
Após o encontro, Rasmussen cumprimentou o pacto alcançado pela Rússia e Estados Unidos, que fixa um calendário para que Assad entregue seu arsenal químico, mas ressaltou que "o importante agora é assegurar que esse acordo se cumpra em sua totalidade e de forma efetiva".
"A esse respeito - afirmou -, é crucial que o Conselho de Segurança das Nações Unidas adote rapidamente uma resolução firme que sirva de marco para a eliminação rápida, segura e verificável de todas as armas químicas na Síria".
Rasmussen lembrou que a posse de armamento desse tipo "é um delito" e os responsáveis "devem prestar contas".
Se o regime sírio não cumprir com suas obrigações, "necessitaremos de uma resposta internacional firme", advertiu.
Frente à afirmação russa de que o ataque químico na Síria de 21 de agosto, que suscitou a atual resposta internacional, pôde ser perpetrado pelas forças rebeldes, o secretário-geral da Otan ressaltou que ele não tem "nenhuma dúvida" de que "o regime sírio é responsável pelo horrendo ataque com armas químicas".