Caso Skripal: o ex-espião russo e sua filha forma envenenados no início de março na Inglaterra (REUTERS/Hannah McKay/Reuters)
AFP
Publicado em 12 de abril de 2018 às 09h28.
Última atualização em 12 de abril de 2018 às 09h37.
A Organização para a Proibição das Armas Químicas (OPAQ) afirmou nesta quinta-feira que suas análises confirmam a tese britânica de que a substância neurotóxica usada no atentado contra o ex-espião russo Serguei Skripal e sua filha na Inglaterra veio da Rússia.
"Os resultados das análises dos laboratórios (...) confirmam as descobertas do Reino Unido a respeito da identidade do químico tóxico", afirma a organização com sede em Haia em um relatório apresentado em Londres.
A organização, que acrescentou que o agente neurotóxico "era de grande pureza", não quis comentar quem cometeu o ataque que deixou Skripal e sua filha à beira da morte em 4 de março, embora ambos tenham sobrevivido.
A primeira-ministra britânica, Theresa May, afirmou que o gás usado contra Skripal pertencia ao grupo Novichok, armas químicas militares russas que são fabricadas apenas em laboratórios daquele país.
Desta forma, May concluiu que havia apenas duas possibilidades: que a Rússia estava por trás do ataque ou que havia perdido o controle da poderosa neurotoxina, por isso procedeu à expulsão de diplomatas russos em retaliação.
Após a publicação do relatório, Londres convocou uma reunião da OPAQ para 18 de abril para discutir "os próximos passos".
"Convocamos uma reunião do conselho executivo da OPAQ na próxima quarta-feira para discutir os próximos passos, o Kremlin precisa dar respostas", afirmou o ministro das Relações Exteriores britânico, Boris Johnson, em comunicado.