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ONU volta a pedir fim do embargo norte-americano contra Cuba

Os Estados Unidos votaram contra depois de se absterem no ano passado pela primeira vez em 25 anos

Cuba: a Assembleia-Geral de 193 membros aprovou a resolução com 191 votos a favor (foto/Getty Images)

Cuba: a Assembleia-Geral de 193 membros aprovou a resolução com 191 votos a favor (foto/Getty Images)

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Reuters

Publicado em 1 de novembro de 2017 às 17h27.

Nações Unidas  - A Assembleia-Geral da Organização das Nações Unidas (ONU) aprovou nesta quarta-feira uma resolução pedindo o fim do embargo econômico dos Estados Unidos contra Cuba, e os EUA votaram contra depois de se absterem no ano passado pela primeira vez em 25 anos.

A Assembleia-Geral de 193 membros aprovou a resolução com 191 votos a favor. Israel, como tem feito, votou em linha com o seu maior aliado.

A resolução não vinculativa insta os Estados Unidos a revogar o embargo em Cuba o mais rápido possível. A votação da ONU pode ter peso político, mas apenas o Congresso dos EUA pode retirar o embargo completo, criado há mais de 50 anos.

A embaixadora dos EUA nas Nações Unidas, Nikki Haley, chamou a reunião plenária sobre o tema de "teatro político".

"O regime cubano está enviando mensagem distorcida ao mundo de que o triste estado de sua economia, a opressão de seu povo e a exportação de sua ideologia destrutiva não é sua culpa", disse Haley à Assembleia Geral.

A posição dos EUA havia sido anunciada na terça-feira no Departamento de Estado.

O ministro das Relações Exteriores de Cuba, Bruno Rodríguez, disse que Haley e os Estados Unidos não têm "a menor autoridade moral para criticar Cuba", chamando suas declarações de "desrespeitosas" contra Cuba e seu governo.

As tensões ressurgiram recentemente entre Washington e Havana, que iniciaram uma relação mais estreita sob o governo do ex-presidente dos EUA Barack Obama e reabriram as embaixadas em ambos os países em 2015.

Haley disse que o status diplomático entre os dois países não está mudando.

O presidente dos EUA, Donald Trump, afirmou no início deste mês que ele acredita que Havana é responsável por uma série de supostos incidentes que Washington diz que abalaram a saúde de 24 de seus diplomatas, enquanto autoridades cubanas disseram na semana passada que falar de ataques sônicos era "ficção científica".

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