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ONU se preocupa por riscos de crianças em conflitos armados

"Ao redor do mundo milhares de crianças experimentaram situações que nenhuma criança deveria viver", afirmou o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon


	Crianças brincam perto de um prédio destruído na guerra de Gaza: "Manteremos os direitos das crianças como o foco de nossos esforços para construir um futuro de dignidade para todos", afirmou Ban Ki-moon
 (AFP/ SAID KHATIB)

Crianças brincam perto de um prédio destruído na guerra de Gaza: "Manteremos os direitos das crianças como o foco de nossos esforços para construir um futuro de dignidade para todos", afirmou Ban Ki-moon (AFP/ SAID KHATIB)

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Da Redação

Publicado em 18 de junho de 2015 às 13h49.

Nações Unidas - A ONU mostrou nesta quinta-feira preocupação pela tendência crescente a transformar as crianças em alvos de terroristas que atacam determinados grupos étnicos ou comunidades religiosas.

"Ao redor do mundo milhares de crianças experimentaram situações que nenhuma criança deveria viver", afirmou nesta quinta-feira o secretário-geral da ONU, Ban Ki-moon, na abertura de uma sessão do Conselho de Segurança que analisa os riscos dos menores em países onde existem conflitos armados.

As crianças, acrescentou, "foram assassinadas, mutiladas, recrutadas à força, torturadas e abusadas sexualmente".

Em uma sessão na qual estava programada a participação de 80 representantes de países e de altos funcionários da ONU, Ban lamentou que o aumento no número destas violações aos direitos das crianças e sua natureza estão mudando.

"O sequestro está sendo usado como tática para aterrorizar ou castigar determinados grupos étnicos ou comunidades religiosas, e as crianças são um alvo particular", afirmou.

Ban também apontou que a comunidade internacional está "escandalizada" pelas ações de grupos como o Estado Islâmico na Síria e Iraque e Boko Haram na Nigéria, mas também mencionou os casos na República Centro-Africana, Sudão do Sul e também na Faixa de Gaza.

Ban destacou os avanços em campanhas da ONU que, por exemplo, buscam terminar com o recrutamento de crianças em exércitos ou milícias governamentais, mas, ao mesmo tempo, pediu o fim da impunidade dos que sequestram crianças e abusam delas.

"Manteremos os direitos das crianças como o foco de nossos esforços para construir um futuro de dignidade para todos", afirmou Ban. EFE

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