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ONU: regime é responsável pelo que acontecer no leste de Aleppo

Nas últimas horas, a ONU denunciou publicamente que forças pró-governo cometeram pelo menos 80 assassinatos

Síria: continuam surgindo vários registros de violações cometidas por forças pró-governo (Insight Mideast-Crisis/Syria-Aleppo-Fall Sana/Handout/Reuters)

Síria: continuam surgindo vários registros de violações cometidas por forças pró-governo (Insight Mideast-Crisis/Syria-Aleppo-Fall Sana/Handout/Reuters)

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EFE

Publicado em 14 de dezembro de 2016 às 14h43.

Genebra - A Comissão de Investigação da ONU sobre a Síria alertou nesta quarta-feira que a partir de agora o regime sírio é responsável por tudo o que acontecer na zona leste de Aleppo, já que tem praticamente o controle total da cidade.

"O governo sírio, em conjunto com suas forças aliadas, tem agora efetivo controle sobre Aleppo oriental e, portanto, tem a responsabilidade primária de prevenir as violações que possam ocorrer lá. Os comandantes têm que garantir a disciplina de suas tropas e responsabilizar os transgressores por seus atos", declarou o grupo em comunicado.

Nas últimas horas, a ONU denunciou publicamente que forças pró-governo cometeram pelo menos 80 assassinatos extrajudiciais de civis na parte leste da cidade.

"Enquanto a situação no território continuar sendo fluente, continuam surgindo vários registros de violações cometidas por forças pró-governo, incluindo execuções sumárias, detenções arbitrárias, desaparecimentos e recrutamento forçoso. Homens em idade de combater são especialmente vulneráveis", detalhou a Comissão.

O grupo também denunciou os crimes cometidos por grupos da oposição, como os jihadistas da antiga Frente al Nusra, agora denominada Frente para a Conquista do Levante, que teriam impedido os civis de fugir.

Novamente, a Comissão pediu que às partes em conflito permitam a evacuação dos civis e que detenham os bombardeios indiscriminados na cidade.

Ontem, a Rússia anunciou que tinha alcançado um acordo com a Turquia para a evacuação de civis e combatentes da pequena área ainda controlada pela oposição na cidade, mas o cessar-fogo não durou nem um dia.

A comissão apelou, por fim, aos "Estados com influência" para que pressionem pelo reinício do diálogo, não só para negociar a paz, como para estabelecer mecanismos que permitam julgar os responsáveis pelas atrocidades cometidas em cinco anos de guerra.

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