Mundo

ONU: reconstrução do Haiti deve ser prioridade em 2011

Do total de US$ 1 bilhão previsto para repasse ao país, 72% já foi enviado

Desabrigados no Haiti um ano após o terremoto que assolou o país (Mario Tama/Getty Images)

Desabrigados no Haiti um ano após o terremoto que assolou o país (Mario Tama/Getty Images)

DR

Da Redação

Publicado em 11 de janeiro de 2011 às 07h50.

Brasília - Às vésperas de completar um ano do pior terremoto registrado no Haiti, a Organização das Nações Unidas (ONU) alertou que os investimentos para a reconstrução do país e a ajuda humanitária devem ser intensificados. Para o coordenador humanitário da ONU para o Haiti, Nigel Fisher, o apoio ao país ainda deve ser a prioridade para 2011. Do total de US$ 1 bilhão previsto para ser repassado ao Haiti, 72% foi enviado. Há um déficit de US$ 400 milhões.

Para especialistas, só neste ano devem chegar ao Haiti US$ 3 bilhões que serão investidos em projetos de várias áreas. Uma das prioridades é a saúde, pois especialistas afirma que 2,2 milhões de crianças e adolescentes estão ameaçados com a epidemia de cólera.

O Escritório da ONU para a Coordenação de Assuntos Humanitários advertiu que são necessários US$ 174 milhões para controlar a epidemia do cólera. Mas até o momento foram repassados apenas U$ 44 milhões. Para os especialistas, o controle da doença deve ser ampliado por meio dos programas de prevenção nas escolas, nos orfanatos e nas creches.

As informações são da agência de notícias das Nações Unidas. Relatórios da ONU mostram ainda que o terremoto deixou 220 mil mortes e 1,5 milhão de desabrigados. "Obviamente as coisas poderiam ter ido mais rápidas, mas o que é importante é lembrar que a reconstrução leva tempo”, disse Fisher. "Fazendo uma retrospectiva, eu acho que demos uma resposta inicial aos efeitos do terremoto, o que podemos considerar que isso foi um sucesso."

Pelos dados das Nações Unidas, das 700 mil que viviam nos campos de refugiados cerca de 100 mil foram realocados em 31 mil abrigos provisórios. Das crianças em idade escolar vivendo em áreas atingidas pelo terremoto, 95% conseguiram manter os estudos. Paralelamente, em novembro, houve eleições presidenciais no Haiti. A população desconfia de manipulação e promoveu protestos.

No mês passado, manifestantes tomaram conta das ruas de Porto Príncipe acusando o atual governo do presidente haitiano, René Préval, de manipulação dos resultados nas contagens provisórias dos votos. Resultados preliminares indicaram que a ex-primeira dama Mirlande Manigat e o candidato Jude Celestin devem disputar o segundo turno das eleições, previsto para este mês.

Acompanhe tudo sobre:América LatinaDoaçõesONU

Mais de Mundo

À espera de Trump, um G20 dividido busca o diálogo no Rio de Janeiro

Milei chama vitória de Trump de 'maior retorno' da história

RFK Jr promete reformular FDA e sinaliza confronto com a indústria farmacêutica

Trump nomeia Robert Kennedy Jr. para liderar Departamento de Saúde