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ONU propõe nova agência para regular finanças internacionais

Nova York - As Nações Unidas propuseram hoje a criação de uma nova agência multilateral responsável por coordenar a regulação dos mercados financeiros internacionais, assim como outras medidas para implementar uma "reforma fundamental" das políticas de desenvolvimento. Em um relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), a ONU atribui as crises financeira, alimentícia […]

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Da Redação

Publicado em 29 de junho de 2010 às 18h11.

Nova York - As Nações Unidas propuseram hoje a criação de uma nova agência multilateral responsável por coordenar a regulação dos mercados financeiros internacionais, assim como outras medidas para implementar uma "reforma fundamental" das políticas de desenvolvimento.

Em um relatório do Departamento de Assuntos Econômicos e Sociais (DESA), a ONU atribui as crises financeira, alimentícia e energética sofridas pela economia global nos últimos anos a "erros judiciais do sistema, políticas inconsistentes e debilidades governamentais".

"Manter o atual modelo de crescimento que nos levou à crise atual simplesmente servirá para plantar sementes para futuras crises", afirma o estudo.

Outra reforma impulsionada pelo relatório é a criação de um novo sistema global de reservas menos dependente do dólar, que crie bolsas regionais e internacionais capazes de prestar socorro com mais rapidez a países em crise ou com problemas de liquidez.

Em outras áreas, os autores do relatório advogam por fortalecer a capacidade dos países em desenvolvimento de elaborar e implementar suas próprias estratégias sustentáveis, que se ajustem às suas realidades, sejam coerentes e abranjam todas as facetas de suas economias.

Também é criticada a "fragmentação da ajuda" em centenas de milhares de projetos, cada vez mais modestos, que têm um impacto "insuficiente".

O relatório se posiciona contra uma regulamentação que seja igual para todos, já que prejudicaria as economias mais debilitadas.

Além disso, adverte que os atuais acordos da Organização Mundial do Comércio (OMC) em matéria de serviços dificultam a capacidade dos Governos para regular os bens financeiros oferecidos por bancos estrangeiros nos mercados locais.

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