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ONU pede US$738 milhões para crise de refugiados da Venezuela

Pedido foi feito pelo o coordenador de ajuda emergencial da ONU, Mark Lowcock

Imagem de arquivo: é a primeira vez em que a crise no país sul-americano foi incluída no apelo global da entidade por financiamento para ajuda humanitária (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

Imagem de arquivo: é a primeira vez em que a crise no país sul-americano foi incluída no apelo global da entidade por financiamento para ajuda humanitária (Carlos Garcia Rawlins/Reuters)

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EFE

Publicado em 4 de dezembro de 2018 às 08h42.

Última atualização em 4 de dezembro de 2018 às 10h01.

Genebra - A ONU incluiu pela primeira vez a Venezuela em seu plano humanitário anual, mediante o qual fornecerá ajuda às nações da América do Sul e do Caribe, entre elas o Brasil, que receberam a maior parte dos venezuelanos que abandonaram seu país por causa da crise.

"Planejamos ajudar os países vizinhos da Venezuela a enfrentar as consequências do fluxo de venezuelanos que chegaram", disse nesta terça-feira o secretário-geral para Assuntos Humanitários da ONU, Mark Lowcock, em entrevista coletiva para apresentar o plano humanitário global da ONU para 2019.

O capítulo dedicado à crise venezuelana requereria um financiamento de US$ 738 milhões para beneficiar 2,2 milhões de pessoas.

Lowcock explicou que praticamente todos os países da América do Sul e muitos caribenhos receberão ajuda, mas esta será proporcional à quantidade de venezuelanos que chegaram aos mesmos.

Sobre a situação dentro da Venezuela, Lowcock mencionou que a ONU reforçou sua ajuda para as áreas de saúde e nutrição, e que existe disposição para fazer mais se as autoridades nacionais se mostrarem de acordo.

A seção do plano humanitário dedicada à Venezuela indica que 2,6 milhões de venezuelanos emigraram por causa da crise e que 1,9 milhão destes deixaram o país a partir de 2015.

No entanto, a ONU constatou que nos últimos meses a vulnerabilidade dos venezuelanos que emigram se acentuou, já que a maioria deles caminhou por milhares de quilômetros durante várias semanas, atravessando dois ou mais países, até chegarem a seu destino.

"Em 2019, estima-se que 3,6 milhões de pessoas necessitarão de assistência e proteção, sem que seja previsível o retorno no curto e no médio prazo", diz o plano da ONU.

A ONU acredita que o fluxo de migrantes e refugiados para outros países da região continuará no próximo ano, uma situação que aumentará a pressão sobre estes últimos e afetará sua capacidade de resposta.

"Também haverá um impacto na capacidade de absorção das comunidades locais", prevê a ONU.

Sob a denominação "Plano Regional de Resposta para Refugiados e Migrantes", a operação humanitária será feita pela Organização Internacional para as Migrações (OIM) e pelo Alto Comissariado das Nações Unidas para os Refugiados (Acnur).

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